Os guineenses têm uma ideia trivial de democracia. Essa ideia obscena sem justiça e recheada de impunidade os guia em retrocesso permanente, sem mesmo darem conta. Porque, com os olhos vendados é praticamente impossível verem o abismo que os rodeia.
O suicídio colectivo, conduzido por uma insignificante casta da sociedade, desprovido de visão, que seja ela académica ou mesmo experimental, podia até ser vista, alertada e mesmo combatida por uma elite inteligente e corajosa. Essa elite instalada a mil léguas da arena se posiciona como simples espectadores incapazes de manifestarem e muito menos reagirem. O medo é latente em cada olhar como se as revoluções não nascessem das vitimas , das perdas e do combate ao autoritarismo, ao nepotismo e a anarquia. É verdade que sem um líder nenhuma revolução atinge o seu apogeu.
É verdade que nenhuma revolução se transcende numa sociedade ignorante e obscurantista. Mas como lutar sem armas iguais com um adversário que desconhece os valores elementares da existência humana, isto é a vida? Os defensores da revolução pacifica como o Mahatma Gandhi ou Nelson Mandela provaram ao mundo que os valores identitários podem servir de vector numa luta desigual contra indivíduos desorganizados que julgam que nada muda.
A nossa elite foge à sua responsabilidade com medo de represálias.
Ela se posiciona duma forma vergonhosa do lado dos "anarquistas" com argumentos separatista, tribalistas e raciais.
Não seriamos melhores e mais fortes se uníssemos as nossas forças nessa luta com vista a valorizarmos os nossos heróis de ontem e transformarmos em heróis dum amanhã próspero?
(texto: P.G.)
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