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Joseph Pulitzer

segunda-feira, 10 de março de 2014

Domingos Quadé denuncia corrupção na Justiça

O candidato independente às eleições Presidenciais de 13 de Abril voltou a denunciar actos de corrupção no aparelho judicial guineense. 


 Domingos Quadé afirmou, este fim-de-semana, que a corrupção que se verifica no aparelho judicial guineense é «perigosa», salientando que algumas pessoas enriquecem ilicitamente a partir da actividade magistral.

«No aparelho judicial guineense há corrupção das mais variadas naturezas. Enquanto Bastonário denunciei publicamente, na última cerimónia de abertura do ano judicial, que há casos de transformação do património público em privado» revelou, afirmando que pediu ao Ministério Público, na altura, para abrir um inquérito para apurar esta situação.

Domingos Quadé, um dos expressivos candidatos Presidenciais ao escrutínio de 13 de Abril de 2014, defende a «reimplantação» da autoridade com vista a «reorganizar» o aparelho do Estado guineense.

«Para que haja rigor na gestão da coisa pública é preciso a reimplantação da autoridade de Estado na Guiné-Bissau» sublinhou o candidato, adiantando que a «Guiné-Bissau tem uma crise de valores de afirmação de Estado, de Justiça e de reconciliação nacional».

O líder do projecto «Por Um Cassacá 2» disse ainda que é contra o princípio que alguns políticos defendem quanto à «refundação» do Estado guineense.

Segundo Quadé, o Estado guineense é aquele que foi fundado em 24 de Setembro de 1973 pelas guerrilhas do PAIGC, partido que representava os guineenses enquanto povo.

Falando sobre a reforma nos Sectores da Defesa e Segurança, o candidato Presidencial disse que o mal da Guiné-Bissau não reside num único sector de actividade pública, mas é transversal.

Para Quadé, a putrefação dos casos na Guiné-Bissau começou nos políticos e só depois é que os militares acabaram por sair às ruas para praticarem os últimos actos.

Por isso, o político independente é da opinião que é preciso pensar onde está o mal e procurar as soluções, não apontando desnecessariamente o dedo a um só sector da actividade pública.


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