O novo Governo de Bissau, liderado por Domingos Simões Ferreira, concordou com as propostas portuguesas para garantir o controlo e a segurança dos passageiros. Mas a TAP ainda não está preparada.
Esta segunda-feira vai ser assinado no Palácio das Necessidades um "acordo aéreo" de cooperação entre Portugal e a Guiné Bissau, onde estão definidos os requisitos para que a companhia aérea portuguesa volte a voar para a aquele país. Desde o final do ano passado que os voos directos da TAP foram suspenso, na sequência de um incidente que envolveu um embarque polémico de 74 sírios ilegais, com documentos falsos.
O novo primeiro ministro guineense, Domingos Simões Pereira, garantiu que seriam criadas as condições necessárias para o regresso à normalidade dos voos. Entre outras medidas, as autoridades guineenses concordaram que fosse inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a fazerem uma verificação final dos documentos dos passageiros, já dentro do avião, "não pondo em causa a soberania do país", explicou ao DN uma fonte que acompanhou o processo.
Vão ser também reforçados os mecanismos de cooperação e formação entre o SEF e o serviço guineense congénere, a Brigada de Migração e Fronteiras.
O acordo deverá ser assinado entre os ministros dos Negócios Estrangeiros de ambos os países, na presença dos respectivos primeiros ministros.
Contactado pelo DN, o porta-voz da TAP, que tem sido obrigada a cancelar inúmeros voos ultimamente por falta de aviões, disse que a companhia "vai apreciar a situação depois de assinado o protocolo", sublinhando que, "normalmente ainda demora alguns meses a operacionalizar uma rota". Não queria adiantar, por isso, uma data, para o voo inaugural.
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