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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Portugal envia 15 toneladas de medicamentos para Guiné-Bissau para prevenir Ébola

Portugal vai enviar 15 toneladas de medicamentos para apoiar a Guiné-Bissau na prevenção do Ébola e outras epidemias, anunciou hoje o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira.


Portugal vai enviar 15 toneladas de medicamentos para apoiar a Guiné-Bissau na prevenção do Ébola e outras epidemias, anunciou hoje o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira.

"Recebemos confirmação do Governo português da disponibilização de 15 toneladas de medicamentos para que o Ministério da Saúde esteja em condições de ter um programa de emergência e acompanhamento da situação de Ébola", bem como de outras "eventuais epidemias", referiu.

O líder do Governo falava numa conferência de imprensa após deslocações oficiais realizadas desde dia 16 de julho a Bruxelas, Díli e Lisboa.

A ajuda deve chegar ao país "nos próximos dias", acrescentou Domingos Simões Pereira depois de ter tratado do assunto com as autoridades durante a passagem pela capital portuguesa.

O envio surge depois de a Guiné-Bissau ter "lançado um SOS para reposição do `stock` de medicamentos, tendo em vista o programa de emergência para a epidemia de Ébola que assola a África Ocidental".

Questionado sobre as medidas que o país está a preparar para se defender, o líder do Governo guineense anunciou um plano de urgência "de que consta um programa de prevenção sanitária que tem merecido a atenção especial dos responsáveis na área da saúde", referiu.

"Amanhã [quinta-feira] no Conselho de Ministros teremos informação específica e detalhada de todo o programa que o Ministério da Saúde considera importante para a prevenção desse flagelo", concluiu.

Seis médicos recém-formados e dois técnicos do Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau ligados à água e saneamento receberam este mês formação de cinco dias sobre a prevenção e cuidados a ter com o vírus.

A equipa está apta a deslocar-se rapidamente a qualquer parte do país para dar atendimento em caso de suspeita de contágio.

A formação foi dada por uma equipa espanhola da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) que estava na capital guineense para lidar com temas ligados à saúde das crianças, mas ofereceu às autoridades os seus préstimos na área do Ébola.

A epidemia, surgida no início do ano, foi declarada primeiro na Guiné-Conacri, antes de se estender à Libéria e depois à Serra Leoa, dois países vizinhos que, a 23 de julho, totalizavam 1.201 casos e 672 mortes, de acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde.

O vírus do Ébola transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos biológicos ou tecidos de pessoas ou animais infectados.

A febre manifesta-se através de hemorragias, vómitos e diarreias. A taxa de mortalidade varia entre os 25 e 90% e não é conhecida uma vacina contra a doença.




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