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Joseph Pulitzer

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Para todos os gostos: "lusofonia económica" e "lusofonia energética"

O primeiro-ministro português manifestou-se hoje confiante no potencial da "lusofonia económica" e da "lusofonia energética", salientando o peso global da CPLP em termos comerciais, de produção de petróleo e gás e de área marítima.



Durante um seminário económico, em Díli, inserido na sua visita oficial a Timor-Leste, iniciada hoje, Pedro Passos Coelho considerou que a economia deve assumir "um papel cada vez maior" na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e que há "grandes oportunidades por explorar" no quadro desta organização.

Citando o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, também presente neste seminário, o chefe do executivo PSD/CDS-PP afirmou: "Vamos plantar a bandeira da lusofonia nos negócios do mundo. Portugal está muito empenhado em que assim seja".

No início da sua intervenção, Passos Coelho saudou Xanana Gusmão e as autoridades timorenses "pela forma como organizaram a preparação e pelo modo como decorreu a X Cimeira da CPLP", na quarta-feira, em Díli - durante a qual a Guiné Equatorial foi aprovada como novo membro desta comunidade, juntando-se a Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Defendendo que "a lusofonia económica constitui uma das maiores oportunidades da CPLP na nova economia globalizada", o primeiro-ministro português referiu que esta comunidade de países "representa cerca de 4% do comércio mundial e engloba alguns países com as economias mais dinâmicas das regiões em que se inserem".

Passos Coelho apontou a CPLP como "um importante elo de ligação a uma vasta rede de organizações económicas regionais", mencionando os blocos de países da África Central (CEEAC), da África Ocidental (CEDEAO), da África Austral (SADC), da América do Sul (Mercosul), do Sudeste Asiático (ASEAN), e também a União Europeia.

"Alguns estudos admitem que o Produto Interno Bruto (PIB) destas cinco regiões aumente a um ritmo superior a mil biliões de dólares por ano entre 2013 e 2017, com o inerente impacto no comércio internacional. Podemos e devemos estar preparados para explorar esta dinâmica de crescimento numa lógica de fazer negócios em língua portuguesa", acrescentou.

Segundo o primeiro-ministro português, é preciso "procurar melhores suportes financeiros para a internacionalização das empresas e `joint-ventures` lusófonas".

A este propósito, congratulou-se com a decisão de "constituir a comissão instaladora da futura criação da União de Bancos, Seguradoras e Instituições Financeiras da CPLP" e declarou ter uma "forte esperança" de que essa iniciativa dê frutos.

Quanto à "dimensão energética" da CPLP, Passos Coelho sublinhou as "descobertas de petróleo e gás" feitas em Angola, Moçambique e Brasil, disse que a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe "se revelam, crescentemente, como potenciais exportadores" e destacou ainda "o papel de Timor-Leste".

Por outro lado, assinalou a "enorme dimensão marítima do conjunto dos países da CPLP", afirmando que juntos constituem "uma das maiores áreas marítimas de todo o mundo".




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