Cabo Verde prepara-se para enviar professores para Timor Leste, a partir de janeiro do próximo ano, no quadro de um acordo que acaba de ser assinado entre os dois países, informa a agência Panapress.
O presidente do Instituto Universitário da Educação de Cabo Verde, Florêncio Varela, que esteve recentemente em Timor Leste, assegurou, no regresso à capital cabo-verdiana, que este processo já está em curso, indicando que Cabo Verde poderá também cooperar com aquele país asiático de língua oficial portuguesa nos mais variados domínios de educação.
Florêncio Varela garante que esta possibilidade de cooperação no domínio educacional entre os dois países passa, para além do envio de professores de Cabo Verde para Timor Leste, também pelo acolhimento de estudantes daquele país para estudarem no Instituto Universitário, estabelecimento de ensino que se ocupa da formação superior de docentes no arquipélago.
Segundo ele, a colaboração de Cabo Verde através do envio de professores para Timor Leste resulta do facto de aquele país, que alcançou a independência a 20 de maio de 2002 e é um dos países mais jovens do mundo, enfrentar uma enorme carência de docentes para pôr de pé o seu sistema de ensino.
Florêncio Varela considera que Cabo Verde, pelo facto de estar num patamar superior, está em condições de enviar quadros para aquele país que é também membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A cooperação no domínio do ensino figura na lista dos acordos assinados, na semana passada, em Dili, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Jorge Borges, pelo seu homólogo de Timor Leste, José Luís Guterres.
O presidente do Instituto Universitário da Educação de Cabo Verde, Florêncio Varela, que esteve recentemente em Timor Leste, assegurou, no regresso à capital cabo-verdiana, que este processo já está em curso, indicando que Cabo Verde poderá também cooperar com aquele país asiático de língua oficial portuguesa nos mais variados domínios de educação.
Florêncio Varela garante que esta possibilidade de cooperação no domínio educacional entre os dois países passa, para além do envio de professores de Cabo Verde para Timor Leste, também pelo acolhimento de estudantes daquele país para estudarem no Instituto Universitário, estabelecimento de ensino que se ocupa da formação superior de docentes no arquipélago.
Segundo ele, a colaboração de Cabo Verde através do envio de professores para Timor Leste resulta do facto de aquele país, que alcançou a independência a 20 de maio de 2002 e é um dos países mais jovens do mundo, enfrentar uma enorme carência de docentes para pôr de pé o seu sistema de ensino.
Florêncio Varela considera que Cabo Verde, pelo facto de estar num patamar superior, está em condições de enviar quadros para aquele país que é também membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A cooperação no domínio do ensino figura na lista dos acordos assinados, na semana passada, em Dili, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Jorge Borges, pelo seu homólogo de Timor Leste, José Luís Guterres.
(Universidade Cabo-Verde) |
Recentemente, Timor-Leste oficializou a colaboração, nesta área, de um
novo parceiro do mundo lusófono: Cabo Verde. Entre os dias 13 e 16 de
junho, o ministro da Educação leste-timorense, João Câncio Freitas,
estiveram Cabo Verde. Câncio Freitas visitou o país parceiro na CPLP
(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) para conhecer as
experiências no sector da educação geral e do ensino superior e,
principalmente, na formação de professores e metodologias aplicadas no
ensino do português em Cabo Verde.
Este específico interesse do ministro o levou a manter contactos, em Cabo Verde, com a ministra da Educação e Desporto, Fernanda Marques, com os membros da Direcção Geral do Planeamento, Orçamento e Gestão do Ministério da Educação, com os funcionários da Direcção Geral do Ensino Básico e Secundário, com o sector do Instituto do Emprego e Formação Profissional e com os profissionais do Observatório do Emprego.
Estes encontros, sobretudo com a ministra da Educação, Fernanda Marques, ampliaram os resultados da visita de Câncio de Freitas: no dia 16 de junho, os dois países assinaram um documento que oficializou a cooperação cabo-verdiana no âmbito educacional, contemplando, principalmente, o ensino da língua portuguesa.
Segundo o protocolo de cooperação, as universidades de Cabo Verde receberão estudantes do Timor-Leste para complementarem seus estudos. Por outro lado, o governo cabo-verdiano se comprometeu a enviar para Díli professores especialistas em língua portuguesa. A conjunção entre os dois objectivos constitui o apoio para o ensino do português em Timor-Leste nas próximas duas décadas.
Este específico interesse do ministro o levou a manter contactos, em Cabo Verde, com a ministra da Educação e Desporto, Fernanda Marques, com os membros da Direcção Geral do Planeamento, Orçamento e Gestão do Ministério da Educação, com os funcionários da Direcção Geral do Ensino Básico e Secundário, com o sector do Instituto do Emprego e Formação Profissional e com os profissionais do Observatório do Emprego.
Estes encontros, sobretudo com a ministra da Educação, Fernanda Marques, ampliaram os resultados da visita de Câncio de Freitas: no dia 16 de junho, os dois países assinaram um documento que oficializou a cooperação cabo-verdiana no âmbito educacional, contemplando, principalmente, o ensino da língua portuguesa.
Segundo o protocolo de cooperação, as universidades de Cabo Verde receberão estudantes do Timor-Leste para complementarem seus estudos. Por outro lado, o governo cabo-verdiano se comprometeu a enviar para Díli professores especialistas em língua portuguesa. A conjunção entre os dois objectivos constitui o apoio para o ensino do português em Timor-Leste nas próximas duas décadas.
Após a assinatura do acordo, comemorado por colocar Cabo Verde ao lado de Portugal e Brasil na difusão da língua portuguesa no Timor-Leste, a ministra da Educação justificou a cooperação ao descrever o ensino em Cabo Verde como um exemplo: “temos cada vez mais professores com formação específica para a docência. No ensino básico, está quase nos 100%. No ensino secundário, temos cada vez mais”.
Para a ministra, por outro lado, a cooperação com Timor-Leste
representará uma continuidade no desenvolvimento da própria educação
local: “não é a cereja em cima do bolo, mas sim um processo de
continuidade que permite a Cabo Verde ter o privilégio de apoiar os
nossos parceiros da CPLP, ao lado de Portugal e Brasil”, afirmou.
João Câncio Freitas, por seu turno, se disse impressionado com o desenvolvimento da educação em Cabo Verde. Para o ministro da educação do Timor-Leste, a cooperação dos membros da CPLP é um aspecto central nas estratégias traçadas para a educação: “na área da educação, queremos contar, a partir de 2013, com professores cabo-verdianos para o reforço e reintrodução da língua portuguesa em Timor-Leste. Já temos Portugal e Brasil e queremos agora Cabo Verde na formação de professores”. “Temos doze mil professores e 85% deles não são qualificados no domínio da língua portuguesa. Daí a aposta do governo timorense, nos próximos dez, vinte anos, na língua portuguesa”, acrescentou.
Os números apresentados pelo ministro Câncio de Freitas são realmente alarmantes, se considerarmos que, constitucionalmente, o português é uma das línguas oficiais do país. A cooperação, como neste recente acordo com Cabo Verde, é uma tentativa do governo do Timor-Leste de aproximar sua Constituição da realidade de sua população. Por outro lado, este esforço representa uma resposta do país por conta das posições que serão assumidas num futuro próximo, principalmente com a ocupação da presidência da CPLP a partir do mês de julho de 2012.
João Câncio Freitas, por seu turno, se disse impressionado com o desenvolvimento da educação em Cabo Verde. Para o ministro da educação do Timor-Leste, a cooperação dos membros da CPLP é um aspecto central nas estratégias traçadas para a educação: “na área da educação, queremos contar, a partir de 2013, com professores cabo-verdianos para o reforço e reintrodução da língua portuguesa em Timor-Leste. Já temos Portugal e Brasil e queremos agora Cabo Verde na formação de professores”. “Temos doze mil professores e 85% deles não são qualificados no domínio da língua portuguesa. Daí a aposta do governo timorense, nos próximos dez, vinte anos, na língua portuguesa”, acrescentou.
Os números apresentados pelo ministro Câncio de Freitas são realmente alarmantes, se considerarmos que, constitucionalmente, o português é uma das línguas oficiais do país. A cooperação, como neste recente acordo com Cabo Verde, é uma tentativa do governo do Timor-Leste de aproximar sua Constituição da realidade de sua população. Por outro lado, este esforço representa uma resposta do país por conta das posições que serão assumidas num futuro próximo, principalmente com a ocupação da presidência da CPLP a partir do mês de julho de 2012.
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