Uma doente com graves suspeitas de ébola foi detetada esta sexta-feira no Hospital do Barreiro-Montijo. Trata-se de uma cidadã estrangeira, procedente da Guiné-Conacri e que estava, cerca das 15.30 horas, em preparação para ser transferida para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
A doente, alegadamente portadora do vírus, e que não fala Português, chegou a Portugal há três dias e apresenta critérios epidemiológicos e clínicos para a doença por vírus ébola. O JN sabe que uma equipa do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) está a deslocar-se para o Curry Cabral para efetuar a colheita de sangue e realizar as análises que poderão confirmar, ou não, a existência de ébola ou de outras doenças tropicais.
Esta não é o primeiro caso suspeito de ébola em Portugal mas é, de acordo com fonte contactada pelo JN, o que apresenta sintomas mais credíveis da doença.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o combate contra a epidemia de ébola continua a ser extremamente difícil e que a situação mantém-se muito preocupante, advertindo contra falsos otimismos.
De acordo com a OMS, o número de pessoas infetadas com a febre hemorrágica ébola voltou a subir na semana passada pelo segundo período consecutivo, principalmente na Guiné-Conacri.
Até ao passado dia 8 de fevereiro tinham sido confirmados 144 novos casos no espaço de uma semana contra os 124 detetados na semana anterior.
Na Guiné-Conacri foram registados 65 novos casos, contra os 39 detetados uma semana antes, refere a OMS, acrescentando que se trata do número mais elevado desde o início do ano.
Na Serra Leoa foram confirmados 74 novos casos, contra os 80 registados a semana anterior e na Libéria apareceram apenas três novos casos.
"Este aumento do número de casos na Guiné-Conacri e de transmissão generalizada na Serra Leoa demonstram os importantes desafios que ainda precisam ser superados para alcançar zero casos", alertou a OMS.
Desde o início da epidemia, 22.894 pessoas foram infetadas com o Ébola em nove países e 9.177 morreram.
Todas as mortes, exceto 15, ocorreram na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.
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