Telefones celulares, tablets e leitores de livros podem representar a tão almejada solução de levar educação de qualidade para todos.
Especialmente nas regiões mais pobres e isoladas, esses dispositivos tecnológicos oferecem uma opção viável de distribuição de material educacional multidisciplinar actualizado para os estudantes, destacou a Comissão de Banda Larga para o Desenvolvimento Digital na última sexta-feira (27) no evento realizado na sede da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em Paris (França).
Lembrando que mais de 60 milhões de crianças não frequentam a escola primária – número que aumenta para 70 milhões no ensino médio – e o uso de computadores nas escolas é escasso, chegando a uma média de 150 alunos por aparelho na África, a Comissão da UNESCO acredita que uma das formas de reverter este quadro é através do uso de dispositivos móveis conectados a Internet. Para o presidente do organismo, Paul Kagame, a distribuição de banda larga deve ser vista como utilidade pública, como a água e electricidade, e a sua ampla distribuição pode facilitar o ensino, o empreendedorismo e a própria administração do governo.
“A banda larga permite que negócios e empreendedores sociais encontrem a melhor forma de oferecer educação de primeira linha a baixo custo, para populações que nunca tiveram acesso. Esses centros de conhecimento já existem, mas para que os países em desenvolvimento e comunidades isoladas tenham acesso e usem eles de maneira produtiva, eles precisam de Internet mais rápida, mais confiável e mais económica”, disse.
A banda larga móvel é a tecnologia que cresce mais rápido na história da humanidade, com 9,1 milhões de assinantes, uma cifra superior ao número de pessoas no mundo, estimado em 7 milhões. O uso de telefones móveis não é restrito apenas aos países desenvolvidos, já que a Comissão indica que também possui uma alta penetração nos países em desenvolvimento.
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