A equipa portuguesa que participou nas Olimpíadas Ibero-americanas de Física, que terminaram hoje na Bolívia, arrecadaram cinco prémios: uma medalha de ouro, duas de prata, uma menção honrosa e o prémio especial de melhor prova teórica.
Nesta competição participaram 69 finalistas do ensino secundário de 19 países que realizaram "dois longos e difíceis exames (um teórico e um experimental)", explicou a Sociedade Portuguesa de Física, que garante que os conhecimentos exigidos para as provas vão para lá do programa dado nas escolas portuguesas.
O vencedor absoluto desta olimpíada, que obteve a melhor classificação nas duas provas, foi o estudante de El Salvador, Rene Villela Escalante.
Entre os alunos portugueses, Paulo Mourão, da Escola Secundária dos 2.º e 3.º ciclos de Santa Maria da Feira, destacou-se por ter feito a melhor prova teórica da competição e tendo ganho uma medalha de ouro.
As duas medalhas de prata foram para Gonçalo Raposo, da secundária Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, e Carlos Couto, do agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo.
Já o João Carvalho, da Escola Secundária de Viriato, em Viseu, recebeu uma menção honrosa.
Outros quatro alunos portugueses conquistaram duas medalhas de bronze e dois diplomas de mérito nas IX Olimpíadas Ibero-americanas de Biologia, que decorreram dias antes em El Salvador, entre 7 e 11 de setembro.
Leandro Silva, estudante na Escola Secundária Soares Basto, em Oliveira de Azeméis, e José Lopes, da secundária de Mirandela, em Bragança, conquistaram o bronze.
Viktorya Shkatova, da escola Avelar Brotero, em Coimbra, e Sílvia Lopes, aluna nos Salesianos de Lisboa, receberam diplomas de mérito.
"Este é o quinto ano consecutivo em que todos os jovens portugueses participantes nestas olimpíadas Internacionais veem reconhecido o seu domínio das matérias, a sua capacidade, o seu esforço e a sua dedicação", sublinha o Ministério da Educação e Ciência (MEC), que felicitou estes alunos.
Os docentes da Universidade de Coimbra salientam que “a prova experimental exigia grande destreza experimental para conseguir recolher todos os dados necessários.
O trabalho de preparação dos alunos ao longo do ano, individualmente, nas suas escolas, e nas sessões que decorreram na Universidade de Coimbra, foi essencial. Os professores destes alunos tiveram também um papel de extrema importância, visto que a preparação experimental foi feita com eles, nas escolas e fora do horário normal. A muito deficiente componente experimental dos programas ministrados no nosso ensino dificulta enormemente o trabalho de preparação, exigindo muito esforço da parte dos alunos para compensar o seu pouco à vontade num laboratório de Física.”.
As Olimpíadas de Física são uma actividade promovida pela Sociedade Portuguesa de Física com o patrocínio do Ministério da Educação e da Ciência, da Agência Ciência Viva, da Fundação EDP e da Fundação Calouste Gulbenkian. O treino da equipa decorreu no Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, integrado nas atividades da escola Quark! de Física para jovens.
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