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Joseph Pulitzer

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Prisão de Zamora Induta agita águas da bolanha

A prisão do C/Alm Zamora Induta, antigo CEMGFA, está a alimentar focos de mal-estar em meios militares. Em geral, considera-se que a medida atendeu predominantemente a interesses políticos; para sua execução terão sido instrumentalizados alguns dos actuais chefes militares.


A prisão foi ordenada pela Procuradoria Militar, em 22.Set, com base acusações (consideradas injustas e desproporcionadas nos referidos meios militares), como terrorismo contra o Estado, tentativa de subversão da ordem constitucional e homicídio. Zamora Induta, um dos chefes militares com mais apurada preparação que a Guiné-Bissau teve desde sempre, exercia o cargo de CEMGFA á data do golpe de Estado de Abr.2012 – encabeçado pelo então vice-CEMGFA, Gen António Indjai, o qual ascendeu a CEMFA e se manteve no cargo até à normalização constitucional de 2014.

Zamora Induta refugiou-se então em Portugal, onde passou a viver, a sua detenção ocorreu no seguimento de uma viagem a Bissau, meados de 2015, por motivos que descreveu como privados. Também se congemina nos mesmos meios militares que a prisão se destinou a tranquilizar António Indjai está retirado (dedica-se à agricultura), mas conserva influencias nas FA, parte substancial das quais de natureza étnico-tribal.

O actual CEMGFA, Gen Biague Na N’Tam, é considerado próximo do Presidente, José Mário Vaz. O risco de ocorrer na Guiné-Bissau uma convulsão de natureza militar é presentemente considerado diminuto devido à presença de uma força de estabilização da CEDEAO, a ECOMIB.


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