Entrevistado hoje pela imprensa angolana, na capital indiana, o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, afirmou que esta vertente política é “relativamente grande” e é um tema sobre o qual África terá que rever as suas posições, pois a questão do Sahara já tem dividido o continente durante algum tempo.
O governante esclareceu que o Sahara (único africano ausente em Nova Deli) é membro da União Africana (UA) e que a questão foi amplamente discutida. A Índia chegou à conclusão de que não tem nenhum programa de cooperação com o Sahara, logo este não foi convidado.
Na óptica de Georges Chikoti, há, de facto, por parte da União Africana um erro em termos de apreciação porque se a questão foi discutida ao seu nível todos os seus membros, incluindo o Sahara deviam estar.
Quanto à presença de Marrocos, não membro da UA, o ministro afirmou que existe um acordo prévio entre a Índia e Marrocos e não existe este acordo entre a Índia e o Sahara.
“Então, a partir deste momento torna-se um problema porque, no fundo, a UA teve que vir numa base que não lhes representa no seu todo” declarou Georges Chokoti, para quem é preciso ver esta questão.
“Temos países que, sendo membros da União Africana, não reconhecem o Sahara. Mas como o Sahara foi reconhecido e apoiado pela União Africana continua a participar como membro da União Africana. E é o que deveria acontecer”, rematou.
Antes de prestar estas declarações Georges Chikoti discursou na abertura da reunião ministerial, inserida na III Cimeira Índia-África, que acontece quinta-feira.
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