Cerca de 4 mil imigrantes clandestinos chegaram a Itália em apenas quatro dias. Homens, mulheres e crianças que de acordo com a Organização Internacional para as Migrações foram resgatados do mar Mediterrâneo, muitos provenientes da Líbia. São os traficantes quem mais beneficia com o caos instalado no país já que há um número cada vez maior de travessias durante o inverno.
Pelo menos 3,8 mil migrantes foram resgatados no mar Mediterrâneo somente desde a passada sexta-feira, anunciou a Organização Internacional para Migrações, OIM.
Nas últimas 24 horas, a agência informou que as suas equipas na Itália registaram 933 chegadas de migrantes à ilha de Lampedusa.
Mortes
Nesta terça-feira, a OIM disse que ainda não se sabe quantas pessoas podem ter morrido durante o que se acredita ter sido uma flotilha com pelo menos uma dúzia de barcos insufláveis que deixaram a Líbia há uma semana.
A informação é dada dias depois do naufrágio de uma pequena frota, que provocou a morte de cerca de 330 migrantes, a maioria da África Sub-saariana.
Com o aumento da violência na Líbia, a OIM insta os governos dos países a agirem rapidamente para fazer frente à crescente ameaça aos migrantes. A agência lembra que mais de 1,6 mil pessoas foram resgatadas de barcos sem condições para navegar no fim de semana.
Vulneráveis
O director da OIM, William Lacy Swing, diz tratar-se de um sinal muito claro do desmoronar da situação na Líbia. Para ele, deve haver prontidão para ajudar aos milhares de pessoas necessitadas e extremamente vulneráveis.
Cerca de mil migrantes estão na ilha italiana de Lampedusa onde a capacidade normal do centro de acolhimento é de 400. Na segunda-feira, a IOM disse que 265 migrantes resgatados também seguiam para Lampedusa.
A agência disse que as chegadas em fevereiro já superaram o total do mês passado. De acordo com o Ministério do Interior da Itália 3.528 migrantes deram à Itália por mar em janeiro.
Para a agência, o aumento indica que a temporada do contrabando humano deste ano está a começar mais cedo do que no ano passado, com consequências potencialmente letais. Em 2014, 3.279 migrantes morreram a tentar atravessar o Mediterrâneo com destino à Europa.
Sem comentários:
Enviar um comentário