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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Chissano elogia conduta eleitoral dos guineenses na votação de domingo

Chefe da missão de observadores da União Africana diz que diálogo para paz, estabilidade e desenvolvimento deve seguir-se ao anúncio de resultados; vencedor da segunda volta deve ser anunciado na terça-feira.


O antigo presidente de Moçambique e chefe da missão de observadores da União Africana na Guiné-Bissau considerou que a segunda volta das presidenciais no país decorreu num "ambiente pacífico e ordeiro."
Falando à Rádio ONU, de Bissau, Joaquim Chissano disse que o "grau de profissionalismo foi mais alto do que da primeira volta", no processo que deve culminar com o anúncio dos resultados na terça-feira.
 
Conselho de Segurança
As declarações foram feitas esta segunda-feira, horas antes da apresentação do informe do representante do secretário-geral da ONU no país, José Ramos Horta, numa sessão do Conselho de Segurança.
"A contagem dos votos foi feita à luz do dia, com uma boa participação de todos os intervenientes. Os delegados dos candidatos estavam presentes e todas as dúvidas sobre a situação de um voto ou de outro foram resolvidas, por consenso ou unanimidade, mesmo pelos presentes entre os oficiais eleitorais e os agentes dos candidatos", ressaltou.

Procedimentos Legais
Nas vésperas da votação, o secretário-geral da ONU, apelou ao respeito dos resultados oficiais. Na conversa telefónica com os concorrentes Nuno Gomes Nabiam e José Mário Vaz, Ban Ki-moon pediu que sejam seguidos procedimentos legais para resolver qualquer tipo de disputa eleitoral.
Chissano mencionou o registo de um incidente ainda em fase de apuramento pelas autoridades, o qual avançou que teria um mínimo de impacto no processo.

Investigação
"Pode-se falar por cima de 70%, em todas as circunstâncias uma boa afluência. Houve um incidente ou dois em Bafatá, que estão ainda a ser investigados. Há várias versões. Foram cenas de pancadaria entre grupos de pessoas", contou.
Após o anúncio dos resultados, Chissano disse esperar que os guineenses possam iniciar um processo de diálogo para manter a paz, a estabilidade e o desenvolvimento.

Nas vésperas da votação, Chissano leu um apelo conjunto das Missões de Observação Eleitoral aos cidadãos do país em representação de várias entidades incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
O documento foi igualmente assinado por entidades como União Europeia, Comunidade dos Estados da África Ocidental, União Económica e Monetária da região e da Organização Internacional da Francofonia.


 
 (in: ONU)

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