O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) confirmou, nesta sexta-feira (23), a morte de quase trinta crianças nas últimas semanas, quando fugiam com suas famílias da República Centro-Africana (RCA) para Camarões.
O ACNUR também renovou seu pedido de fundos para salvar os que fazem esta “jornada de fome e morte”.
“Desde abril, o número de mortes entre as crianças refugiadas se tornou particularmente alto”, disse o porta-voz do Escritório, Adrian Edwards.
Ao menos 29 crianças morreram entre 14 de abril e 18 de maio – a maior parte em centros de alimentação terapêutica, onde chegavam bastante adoecidas. “Desidratação, hipotermia e anemia foram as principais causas de morte”, informou Edwards.
Desde 2012, quando sofreu um golpe militar, a RCA passa por uma crise de violência que resultou em violações dos direitos humanos. Os centro-africanos, em números cada vez maiores, enfrentam muitas vezes jornadas de semanas para chegar ao vizinho Camarões, que no momento abriga pelo menos 85 mil refugiados em 300 vilas.
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