COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Ramos Horta, chefia novo organismo para operações de paz da ONU

Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, disse que a equipa dirigida pelo ex-chefe de Estado timorense vai ser formada por "pessoas com muita experiência".


De acordo com o gabinete de Ban Ki-moon, o novo organismo das Nações Unidas tem como missão a "avaliação completa" das operações de paz da ONU e "determinar as necessidades futuras".

O novo grupo liderado por Ramos Horta vai também analisar assuntos como as "mudanças na natureza dos conflitos, mandatos, eficiência das delegações da ONU, os desafios das missões de manutenção de paz, questões de direitos humanos e a protecção de civis".

"Este vai ser o primeiro organismo da ONU que vai examinar as operações de paz e as missões políticas especiais. Ban Ki-moon diz que é preciso reconhecer que actualmente, as operações têm cada vez mais que enfrentar situações políticas complexas", sublinhou a porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas.

Na nota que foi divulgada hoje indica-se também que as missões da ONU são muitas vezes alvo de ataques e funcionam em quadros de segurança muito frágil.

"O secretário-geral espera que seja considerada a forma como a ONU pode promover a paz da forma mais eficiente possível e ajudar os países em conflito", refere o mesmo documento.

O novo grupo vai incluir 14 especialistas de países como Austrália, China, Gana, Índia, Estados Unidos e Reino Unido.

Burkina Faso: Compaoré demitiu-se e governos da região temem o efeito de contágio

Compaoré tinha desistido de se candidatar a um quinto mandato, mas não queria abandonar o poder. Cedeu à pressão política e aos protestos nas ruas. País continua mergulhado na incerteza e região teme movimento revolucionário.


Depois de um dia de resistência, em que disse “compreender” a mensagem de protesto nas ruas mas recusou deixar o Governo, o Presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré, resignou-se a abandonar o poder – que tinha tomado pela força em 1987 e se preparava para prolongar, concorrendo à quinta reeleição consecutiva no próximo ano. A teimosia do líder de Ouagadougou ameaçava arrastar o país para o caos e a crise; agora, a sua saída de cena, acossado e sem glória, arrisca inflamar os ânimos nos países vizinhos e na regiÃO.
 
(Os militares assumiram o poder ao final de um dia de violentos protestos Issouf Sanogo/AF)
 

Médica portuguesa vai para a Serra Leoa combater o ébola

Natália Ribeiro, médica infeciologista do Hospital de S. João, vai dentro de dias para a Serra Leoa combater o ébola. Foi recrutada pela OMS para chefiar uma equipa que fará formação a profissionais de saúde. 

 

 

Rui Barros e Orlando Viegas ouvidos na Vara Crime do Tribunal Regional

O antigo Primeiro-ministro de transição, Rui Duarte Barros, e o seu ex-ministro de Estado, dos Transporte e Telecomunicações, Orlando Mendes Viegas, foram ouvidos esta sexta-feira, 31 de Outubro, na Vara Crime da Delegacia do Ministério Público junto do Tribunal Regional de Bissau.



A audiência insere-se no âmbito de uma investigação em curso no país sobre as circunstâncias em que antigo membro do Governo foi espancado em Novembro do ano passado.

À saída da audiência, Rui Barros disse à PNN que foi convocado sobre o assunto na qualidade de testemunha.

«Fui chamado na qualidade de testemunha no caso relacionado com o ministro Orlando Viegas. O que eu disse aos magistrados está em segredo de justiça, mas relativamente ao espancamento é um caso que nós necessitamos que seja bem esclarecido», disse o ex-Chefe do Governo.

Orlando Viegas disse não querer entrar em detalhes sobre a audiência. «Relativamente aos actores, está em segredo de justiça e posteriormente terão a possibilidade de saber», informou.

Orlando Mendes Viegas foi vítima de espancamento em Novembro de 2013, à porta da sua residência por pessoas até agora desconhecidas. Sobre este caso, várias figuras do país já foram ouvidas, entre elas o antigo ministro do Interior, António Suca Ntchama, o Presidente do Sindicato de Base da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), Hélder Gomes, o ex-director desta empresa estatal, Félix Nandungue, e o ainda actual director dos Serviços de Informação do Estado, Biong Na Tchongo.


Campanha e esclarecimento para prevenção do Ébola




Publicado a 17/10/2014
Acçao para o Desenvolvimento (AD) lançou uma Campanha de Comunicaçao e Prevençao a Ebola no dia 22 de Setembro em Bissau. Esta campanha durara um ano até Agosto de 2015.

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 1. Convenhamos que as imagens de cadáveres e doentes são horríveis... A sua escolha é intencional ? O propósito é mesmo de chocar e fazer passar uma mensagem de horror e de pânico ? Acho que os autores do vídeo não se interrogam sobre: a "banalização" do mal parece ser mais ser mais facilmente aceite aqui do que no asséptico mundo em que vivemos no hemisfério norte... (Mas no passado convivemos com imagens como estas, brutais, da peste negra à cólera, das grandes guerras a Auchwitz)...

É evidente que não é uma vídeo feito por profissionais de comunicação em saúde. Mas o vídeo tem (ou parece ter) a chancela da UNICEF e do Ministério da Saúde da Guiné-Bissau...

O essencial é saber se consegue passar a mensagem: o ébola é uma doença terrível mas pode ser prevenida e combatida... E todos acreditamos que ser controlada, na
África Ocidental e no resto do mundo...

2. Não menos chocante, para mim, é a referência ao pobre do dari (do Boé e do Cantanhez) que, apesar de protegido, é caçado clandestinamente, vendido e comido à luz do dia em Bissau...

Amigos: quem come dari (mas também santu, macaco), corre mais riscos de contrair o vírus... O meu crioulo dá para perceber a quase totalidade da mensagem...

Acho que a generalidade da população da Guiné-Bissau respeita o dari (,que segundo a lenda seria uma ferreiro que Deus castigou por não respeitar o sábado, dia de descanso...). Mas há indivíduos e grupos para quem o dari ainda é (ou continua a ser) um produto "gourmet"...

Comer dari não é canibalismo mas quase... Não somos da mesma espécie, mas estamos no topo da hierarquia (biológica) dos primatas... Não só pertencemos à mesma ordem (Primatas), como pertencemos à mesma família, dos hominídeos, só nos diferenciamos a partir da Subtribo (Hominina / Panina) e do Género (Homo / Pan)...

(por Luís Graça, c/ devida vénia)

Relator quer recuo de Londres na decisão de não resgatar migrantes no mar

O relator especial das Nações Unidas sobre os direitos humanos dos migrantes apelou às autoridades britânicas que recuem da decisão de não apoiar as operações de busca e salvamento no mar Mediterrâneo.


Em nota, emitida em Genebra, François Crépeau declarou que permitir que as pessoas morram nas fronteiras europeias "devido apenas à sua situação administrativa é um completo desrespeito ao valor da vida humana."

Contrabandistas

Esta semana, o Reino Unido anunciou que não vai apoiar "quaisquer tipos de operações de busca e resgate para impedir o afogamento de migrantes e refugiados" na área. O receio é que as acções possam encorajar a tentativa de travessia marítima perigosa de entrada para a Europa.

O relator realça que os governos que não apoiam os esforços de busca e salvamento "reduzem-se para o mesmo nível dos contrabandistas".

Crépeau cita estimativas a apontar a morte de pelo menos 800 pessoas no percurso e dos mais de 130 mil migrantes e requerentes de asilo chegados este ano à Europa por mar. São mais 50 mil pessoas em relação ao ano passado.

Dissuasão

Em sua opinião, atitudes governamentais do género são um aproveitamento da precariedade do tipo de viajantes "retirando-lhes a dignidade e brincando com as suas vidas". Crépeau compara o facto de se tomar o número de migrantes mortos como base das acções para os afastar a "deixá-los morrer por ser uma boa dissuasão".

Apesar de elogiar o aumento das operações de busca e resgate por terem salvo muitas vidas, o especialista pediu ênfase na restrição da entrada de migrantes no lugar de criar novos canais legais para a migração.

Contrariamente ao encerramento de fronteiras, Crépeau defende a abertura regulada e a mobilidade. Conforme defende, caso contrário, poderá aumentar o número de migrantes a arriscar a vida em embarcações que não podem navegar ao longo das rotas marítimas perigosas.
 
 
 

G-Bissau avança "proximamente" com uma companhia aérea local

O governo da Guiné Bissau pretende avançar "proximamente" com a criação de uma companhia aérea local. O secretário de Estados dos Transportes e Comunicações da Guiné Bissau disse esta manhã em Lisboa que já foram dados os primeiros "passos nesse sentido, nesta fase com a euroAtlantic", que a partir de 14 de Novembro irá assegurar uma ligação semanal entre Lisboa e Bissau. João Bernardo Vieira diz que o executivo guineense irá "procurar diversos parceiros nesse sentido".


A falta de voos entre a Guiné Bissau e Portugal será assim colmatada pela portuguesa euroAtlantic que ontem recebeu autorização do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) para efectuar ligações entre os dois países.
"Nos últimos dois meses trabalhamos no sentido de encontrar soluções para colmatar as deficiências de ligações aéreas e o contrato de fretamento entre o Governo e a euroAtlantic é a melhor solução", disse João Bernardo Vieira. A ligação entre Lisboa e Bissau da euroAtlantic poderá no futuro ser alargada "para dois ou três voos semanas, consoante o comportamento da procura", diz João Bernardo Vieira.

Relativamente à TAP, que em Dezembro do ano passado cancelou a ligação regular entre os dois países, o secretário de Estado dos Transportes da Guiné Bissau diz não ter sido contactado pela companhia aérea portuguesa. "A secretaria de Estado não foi notificada oficial, o estado da Guiné Bissau não tem nenhum acordo com a TAP, tem com o Estado português e a TAP surge como instrumento desse acordo".

A companhia anunciou em meados desde mês que irá cancelar, por um período mínimo de 45 , o reinício das operações para a Guiné Biassau, alegando questões operacionais para cancelar os voos que estiveram originalmente programados para 28 de Outubro.

"Neste momento o Governo assumiu as condições para que haja segurança e para que a TAP possa aterrar e levantar voo em segurança", diz João Bernardo Vieira.
 
 
 
 
 

Presidente da República Portuguesa, recebeu homólogo da Guiné-Bissau

O Presidente da República recebeu, em audiência, o Presidente da República da Guiné-Bissau, Dr. José Mário Vaz. 





G-Bissau no quadro do projecto de reforço das Instituições Superiores de Controlo, Parlamentos e sociedade civil para o controlo das finanças públicas


BISSAU, Guinea Bissau, October 29, 2014 — No quadro do Projecto “Reforço das Competências Técnicas e Funcionais das Instituições Superiores de Controlo, Parlamentos Nacionais e Sociedade Civil para o controlo das finanças públicas nos PALOP e em Timor-Leste” (Pro PALOP-TL ISC) realiza-se em Bissau, entre os dias 27 de Outubro e 14 de Novembro do corrente ano, uma missão para formulação dos Planos de Trabalho Anuais da Guiné-Bissau para o período 2014-2016.


Trata-se de um projecto inteiramente financiado pela União Europeia com um montante total de 4,2 mil milhões de FCFA (6,4 milhões de EUR) com acções a serem realizadas e financiadas em todos os PALOP e em Timor-Leste.
O projecto é administrado pelo Programa de Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e visa o reforço das capacidades de controlo externo dos Tribunais de Contas e de fiscalização parlamentar das contas públicas, bem como a promoção da participação pública mais informada no processo orçamental.
A missão estará em Bissau por um período de três semanas, devendo encontrar-se com o Tribunal de Contas, com a Assembleia Nacional Popular, com o Ministério das Finanças e com as Organizações da Sociedade Civil. Os encontros de trabalho permitirão identificar um conjunto de acções de formação e de reforço de capacidades em resposta a necessidades específicas dos mesmos, tendo em conta as prioridades estratégicas das instituições nacionais para o período 2014-2016.
Este projecto é inteiramente financiado pela União Europeia

(fonte:UE)

Sociedade Civil discute sobre Boa Governação

Reflexão sobre a governação interna no seio da sociedade civil da Guiné-Bissau e a sua responsabilidade e capacidade de participação e influência política guiou as discussões durante o Xº Djumbai Temático organizado pelo UE-PAANE – Programa da União Europeia de Apoio aos Atores Não Estatais, que teve lugar no Centro Cultural Português, durante os dias 14 e 15 de Outubro de 2014, e que contou com a presença de cerca de 70 representantes de diferentes Organizações da Sociedade Civil (OSC).

Este Djumbai sobre Boa Governação visou contribuir no reforço de capacidades das OSC bissau-guineense no desempenho eficaz do seu papel como actores chave da boa governação. Assim, o Djumbai transformou-se num espaço participativo de reflexão e debate e numa plataforma de partilha de experiências sobre Boa Governação entre diferentes actores convidados da sub-região e as OSC da Guiné-Bissau.

O Djumbai foi também a ferramenta de trabalho do UE- PANE para identificar as prioridades de acção da sociedade civil organizada da Guiné-Bissau em matéria de Boa Governação, prioridades estas que inspirarão as linhas do 4º convite à apresentação de propostas do UE-PAANE, a ser lançado proximamente.

Em sua explanação, o sociólogo Miguel de Barros – consultor que está a realizar um Estudo sobre OSC bissau-guineense, cujas conclusões serão integradas no documento estratégico da União Europeia para a sociedade civil para os próximos 7 anos – abordou, entre outros, a questão da melhoria do quadro jurídico das organizações da sociedade civil, afirmando ser urgente a criação de uma estrutura legal funcional para as mesmas. Ele afirmou também que “o exercício de autoridade e de controlo e prestação de contas ainda constitui um enorme desafio à colmatar dentro das OSC guineense”.

Em prol da superação de alguns constrangimentos das OSC guineense identificados, nomeadamente, a falta de estruturas de coordenação independentes e representativas da sociedade civil, a representante da Rede de Plataformas de ONG da África Ocidental (REPAOC), Carine Logbé J.M. Mobio, levantou questões que ajudaram nas reflexões durante o Djumbai, especificamente: “Quem fala em nome da sociedade civil?”, “De onde vem sua legitimidade e quem valida o conteúdo da sua mensagem?”, “Qual é o conteúdo da sua mensagem? Essa mensagem reflecte as aspirações da sociedade civil inteira?”

No âmbito da partilha de experiências, o representante da Plataforma das OSC de Cabo Verde (PLATONG), Mário Moniz, partilhou a experiência de 20 anos desta estrutura, deixando algumas recomendações aos parceiros guineenses, onde alertou-os para a importância de uma maior capacidade reivindicativa através do trabalho em rede; para a necessidade de criação de espaços de diálogo e concertação; segundo ele, requisitos indispensáveis para uma boa governação.

De acordo com o representante do Secretariado Permanente das ONG do Burkina Faso (SPONG), Sylvestre Tiemtore, a capacitação dos membros das OSC no exercício da cidadania é uma questão que não deve ser negligenciada. Em sua comunicação, fez uma breve apresentação do SPONG, organização que tem quase a mesma idade do Estado da Guiné-Bissau (foi criada em 1974), e que ao longo destes anos tem trabalhado, entre outros, no seguimento e influência de políticas públicas.

O Xº Djumbai permitiu aos participantes identificarem prioridades que consideram essenciais para que a sociedade civil guineense possa desempenhar o seu papel em matéria de Boa Governação, bem como as condições de partida para conseguir fazê-lo, que passa, por exemplo, pelo reforço das capacidades da sociedade civil, uma boa governação interna, mas também pelo engajamento do Estado com a sociedade civil.

(foto da net)

“Última Chamada: O Que Ainda Não Foi Contado Sobre a Crise Global”

O filme “Última Chamada: O Que Ainda Não Foi Contado Sobre a Crise Global”, é o vencedor do Grande Prémio Ambiente da 20.ª edição do CineEco - Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que decorreu em Seia, entre 11 e 18 de Outubro. O júri internacional atribuiu o Grande Prémio Ambiente ao filme “Última Chamada - O Que Ainda Não Foi Contado Sobre a Crise Global”, do realizador italiano Enrico Cerasuolo.


 
O Prémio da Lusofonia foi atribuído a “Neram N’Dok”, dos portugueses Luís Melo, Diogo Ferreira e Emanuel Ramos, sobre como a governação participativa, pode ajudar a melhorar as condições de vida das populações, na área marinha protegida das Ilhas Urok, na Guiné-Bissau.
 
Na Competição Internacional de Longas-Metragens foram atribuídos o Prémio de Educação Ambiental para “Mbeubeuss, O Terreno Fértil Para a Esperança”, de Nicolas Sawalo Cissé (Senegal), um filme sobre a vida das crianças que vivem num dos maiores aterros de lixo do mundo, nos subúrbios de Dakar; e o Prémio de Antropologia Ambiental, para “Costa da Morte”, de Lois Patiño (Espanha), um filme que estabelece uma poderosa relação do homem com a dura natureza, filmado na região do noroeste da Galiza.
 
Na Competição Internacional de Curtas-Metragens, o júri que acumulou também a nova Competição de Séries e Documentários Televisivos, atribuiu, por unanimidade, o prémio principal de curtas a “Limite Zero”, de Helena Hufnagel (Alemanha), um filme sobre a central nuclear mais “segura” do mundo, e o prémio das obras televisivas a “Zero Waste”, de Raffaele Brunetti (Itália), sobre a acções de cidadania dos habitantes de Nápoles, para melhorar a gestão dos lixos e resíduos urbanos.
 
O Prémio Lusofonia/Panorama Regional foi atribuído a “Outono”, de Marco Amaral (Portugal), rodado na região da Serra da Estrela sobre o despovoamento do Interior do país, através da história de uma criança que para ir à escola tem de percorrer uma grande distância e um caminho quase desconhecido.
 
O Júri da Juventude atribuiu o seu prémio principal a “Virunga”, de Orlando von Einsiedel (Reino Unido), sobre os guardas que protegem um dos maiores parques naturais do mundo, que abriga os gorilas de montanha no Congo. O júri da Juventude atribuiu ainda as seguintes Menções Honrosas: Longa Internacional: “Mbeubeuss, O Terreno Fértil Para a Esperança”, de Nicolas Sawalo Cissé (Senegal); Curta Internacional: “Vento”, de Robert Löbel, (Alemanha); Longa Lusófona: “Serra Pelada”, de Vitor Lopes, (Brasil); Curta Lusófona: “Ilhas Desertas”, de Madalena Boto e Alexandre Vaz, (Portugal / Cabo Verde); Panorama Regional: “Aqui não se passa nada”, de Isadora Sousa Pinto, (Portugal); Séries e Documentários: “Portugal Terra”, de João T. Vasconcelos, (Portugal).
 
A organização adianta que durante o evento passaram mais de 6 mil espectadores pelas salas do CineEco, na Casa Municipal da Cultura de Seia.
 
(in: Seia)
 
 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Ligações Lisboa-Bissau retomadas pela Euroatlantic Airways

O Presidente do Conselho de Administração/CEO da EAA, Tomaz Metello, será o anfitrião de Altas Autoridades do Governo da Guiné-Bissau e do Secretário de Estado dos Transportes guineense, João Bernardo Vieira, que conduziu as negociações com a maior companhia privada portuguesa, recorde-se, na região do Golfo da Guiné a EAA detém ainda uma participação na STP AIRWAYS a companhia nacional de São Tomé e Príncipe.


A euroAtlantic airways reconhece o valor da notícia para a Republica da Guiné-Bissau e para os anseios da sua população (estimada 1,6 milhões de habitantes) além de uma enorme Diáspora, maioritariamente residente em Portugal ou em países com ligações a partir do hub de Lisboa, reservando outros detalhes da operação para a Conferência de Imprensa, que se seguirá à assinatura do acordo agendada para amanhã.

JOMAV: G-Bissau precisa de apoio para responder a "grandes problemas"


O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, declarou hoje em Lisboa que o seu país precisa da comunidade internacional para responder a "grandes problemas" que enfrenta atualmente, no final de uma audiência com o chefe de Estado, Cavaco Silva.

 
"Sem sombra de dúvida estamos a precisar da comunidade internacional para poder fazer face a grandes problemas que temos neste momento", disse José Mário Vaz, quando questionado sobre o balanço da reunião extraordinária de ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu esta quarta-feira em Bissau.

O Presidente guineense, que não participou no encontro de governantes da organização lusófona, acrescentou apenas ter-se tratado de uma "reunião muito importante" para a Guiné-Bissau.

José Mário Vaz, que se encontra em Lisboa numa visita privada, referiu que a sua audiência de hoje com o Presidente português - que demorou cerca de uma hora - se deve à "grande amizade" que disse ter para com Aníbal Cavaco Silva.

"Não podia passar por Portugal sem vir cumprimentar o meu homólogo e [expressar] o respeito que tenho por ele", mencionou aos jornalistas.

No final da reunião da comunidade lusófona, os governos de cada país ficaram de analisar individualmente o pedido de apoio orçamental feito pelo primeiro-ministro da Guiné-Bissau e dar respostas brevemente, tendo decidido criar um "programa especial" para coordenar todos os apoios.

O chefe do governo guineense, Domingos Simões Pereira, pediu apoio orçamental e assistência técnica aos restantes membros da CPLP.

Os chefes da diplomacia da CPLP disseram ter constatado "o estado precário" da Guiné-Bissau nos domínios da educação, justiça e saúde, agravado com a ameaça do vírus do Ébola.

Por outro lado, a organização encorajou as autoridades guineenses no sentido de admitirem que a força militar oeste africana estacionada no país seja reconfigurada para que tenha um mandato das Nações Unidas.
 
 
 

Lançada primeira pedra para construção de palácio da Justiça da G-Bissau

No ato do lançamento, compareceram vários responsáveis do Estado guineense, entre os quais Cipriano Cassamá, presidente do Parlamento, cuja sede também foi construída pela China, bem como a do Governo.


Cipriano Cassamá elogiou a qualidade da cooperação entre os dois países.

A ministra da Justiça guineense, Carmelita Pires, que também assistiu ao ato, defendeu que a construção do palácio "é a dignificação do poder judicial" e que a China merece ser felicitada por tudo quanto já fez para ajudar os órgãos de soberania da Guiné-Bissau.

A China construiu a sede do Governo, o palácio colinas do Boé (Parlamento), reconstruiu o palácio da presidência danificado pela guerra civil de 1998/99, edificou o estádio nacional 24 de setembro (único com relvado natural no país) e ainda construiu o principal hospital da zona norte do país em Canchungo e o hospital Militar em Bissau.

"Em 50/60 anos de cooperação com a China vimos obras gigantescas a serem construídas no país que nem cogumelos, o que apraz saudar", enfatizou a ministra da Justiça Carmelita Pires.

As obras do palácio da justiça vão custar 14,5 milhões de dólares americanos, terão uma área de 9.500 metros quadrados, serão executadas por uma empresa chinesa, mas sob supervisão do Governo guineense.

O embaixador da China na Guiné-Bissau, Huang Hua, aproveitou a ocasião para anunciar que o seu país vai construir 200 casas sociais e ainda fornecer equipamentos para fornecimento de iluminação solar nas principais vias públicas de Bissau.
 
 
(foto da net)
 

Burkina Faso: Manifestantes incendiam Parlamento

Centenas de manifestantes incendiaram esta quinta-feira o edifício do Parlamento do Burkina Faso. Em causa, está um projeto-lei cuja votação estava marcada para hoje, que prevê o alargamento do mandato de Blaise Compaoré, Presidente do país há 27 anos, por mais um ano.


 
De acordo com a AFP, cerca de 1500 pessoas romperam o cordão de segurança montado pelas autoridades e invadiram o Parlamento. Dentro do edifício, saquearam escritórios, atearam fogo a documentos e roubaram equipamentos informáticos. A polícia respondeu com gás lacrimogéneo. Segundo a agência de notícias francesa, há registo de um morto, embora não se conheçam as circunstâncias do incidente.

"Nós fizemos isto porque Blaise está a tentar ficar mais tempo. Nós estamos cansados dele", afirmou Seydou Kabre, um dos manifestantes, citado pela Reuters. "Nós queremos mudança. Temos que agir", acrescentou. Os protestos estenderam-se ainda aos edifícios do canal de televisão e da estação de rádio do Estado, que foram ocupados pelos manifestantes.

Perante a impossibilidade de prosseguir, foi cancelada pelo Governo do país a votação, que poderá, mais tarde, ser retomada. Segundo a AFP, a União Europeia aconselhou, no entanto, a que o Governo desista da proposta, que pode "pôr em perigo a estabilidade, desenvolvimento equitativo e o progresso democrático".

Blaise Compaoré, 63 anos, foi eleito Presidente do país em 1987 e, desde então, foi reeleito por quatro vezes para o cargo.
 
 
 
 

ONU lança site para promover a Cultura da Paz

O número de sites de mídia social encontrados na Internet actualmente é incontável, mas não há nem um exclusivamente dedicado a promover a cultura da paz. Com notícias mostrando dezenas de conflitos, terrorismo e problemas políticos, a ONU decidiu criar um espaço digital dedicado a paz.


Isto é o que pretende Civic Peace Corps, uma nova plataforma de mídia social criada pelo Centro de Informação da ONU em Beirute, no Líbano (UNIC Beirute) – em parceria com Born interactivo e JWT – onde as pessoas podem interagir, compartilhar e discutir a paz.

Criado logo após a primeira manifestação online de 2013 pela paz, que contou com a presença digital de cerca de 4 mil manifestantes, civicpeacorps.org é um caminho para a expressão, o diálogo e a educação sobre as questões relacionadas à paz.

Civic Peace Corps é mais do que um fórum, já que apresenta três espaços distintos onde os usuários podem se encontrar. Em “Trocas pela paz – Exchange for Peace”, é possível compartilhar com outros usuários experiências, pensamentos, comentários e opiniões.
Se você gostar de artes, “Arte pela Paz – Art for Peace” é o local para compartilhar poemas, pinturas, músicas e qualquer outro material artístico que diga algo sobre a paz.

A secção “Educar para a Paz – Educate for Peace” ajuda a aumentar a consciência e disponibiliza materiais sobre a paz, tais como as resoluções da ONU, mensagens do secretário-geral, as actividades da ONU sobre a paz, etc.
Qualquer pessoa pode – se quiser, de forma anónima – comentar o que está postado no civicpeacecorps.org. Porém se você quiser publicar conteúdo e subir imagens, documentos e até vídeos que se relacionam com a busca da paz, deve se registar no site.

Para fazer isso, você pode inserir suas informações pessoais manualmente ou seleccionar o login com sua conta do Facebook. Apenas a foto do perfil e o nome usuário podem ser vistos por todos na rede.

Uma vez cadastrado, o usuário passa a fazer parte de uma rede de pessoas de todas as partes do globo envolvidas com a promoção da paz. Como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse no Dia Internacional da Paz: “Vamos reflectir sobre a paz – e o que isso significa para a nossa família humana”.

Com civicpeacecorps.org, a ONU disponibiliza agora uma plataforma para compartilhar estas reflexões.




Ministra da Saúde responsabiliza técnicos por morte de grávidas e crianças nos hospitais

A ministra da Saúde da Guiné-Bissau, Valentina Mendes, acusou técnicos do setor de provocarem a morte a grávidas e crianças "pelos maus hábitos" durante a assistência medica nos hospitais do país.



"A partir deste novo ano letivo, temos que esquecer aqueles maus hábitos nos nossos hospitais. Nós cometemos, provocamos mortes às mulheres e crianças e ficamos passivos como se fossem galinhas ou um cão", afirmou Valentina Mendes.

A responsável falava na quarta-feira na cerimónia de receção de um conjunto de equipamentos de escritório e uma viatura oferecidos à Escola Nacional da Saúde Publica pelo Fundo das Nações Unidas para População (FNUAP).

Dirigindo-se aos alunos da escola da Saúde, a ministra exortou-os a deixarem de lado "os maus hábitos" e terem compaixão por aqueles que procuram assistência médica. Em caso de morte de um paciente, Valentina Mendes exortou os profissionais da Saúde a fazerem uma pergunta a si mesmos.

"Temos que nos perguntar por que morreu esta mulher durante o meu turno, o que é que não fiz correto, porque é que morrem pessoas durante o meu turno", observou Mendes, dizendo que a morte de qualquer ser vivo deve ser motivo de preocupação.

"Quando me morre um cão na minha casa, fico constrangida", sublinhou a ministra da Saúde, num tom bastante crítico, dirigindo-se aos alunos da escola da Saúde, aos quais lembrou que a escolha da profissão é de responsabilidade de cada um.

"É da nossa livre vontade a escolha desta profissão que é nobre mas que lida com a vida das pessoas", frisou Valentina Mendes.

Na semana passada ao usar da palavra na abertura de um encontro de reflexão sobre a Saúde na Guiné-Bissau, o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, criticou também o comportamento dos agentes do setor e o secretário de Estado da administração hospitalar, Domingos Malu, ameaçou mesmo "correr com os maus profissionais" dos hospitais.
 
 
(foto da net)
 

Ramos Horta defende português como língua oficial de Timor-Leste

A língua portuguesa continua a ser uma das duas línguas oficiais. Tetum é a língua oficial mas também o Português. Temos também duas línguas de trabalho: Bahasa Indonésia, que é falado por 36% da população e o Inglês, muito menos… eu não confio muito nas nossas estatísticas mas é alto neste momento.


Existem já muitas pessoas, particularmente na capital, a aprender o inglês. Por isso, esta vertente será mantida durante algum tempo sendo que alguns argumentam que foi uma tolice da nossa parte escolher o português como língua oficial.

Eu devo dizer que um bom amigo meu de Washington, do Senado dos Estados Unidos (não devo dizer o seu nome, um senador, indivíduo adorável, o homem mais decente que se pode encontrar em Capitol Hill.) certo dia me convidou a Washington, mobilizando toda a gente para este café comigo. Até o Joe Biden estava lá ( ainda senador na altura) e o Ted Kennedy.

Ele então disse:

“José, você sabe que toda a gente o adora nesta casa. Sempre que pede isto ou aquilo, nós ajudamos, mas esta ideia de ter o português como língua oficial é uma das maiores tolices que já ouvi” e ainda acrescentou: “Se escolher o inglês, Timor-Leste entrará imediatamente no século XXI.” Bom, naquela altura, a Libéria estava na capa de todos os jornais dos Estados Unidos e eu disse ao senador (Tenho de ter cuidado para não dizer o nome dele):

“Estará a dizer que a vossa antiga colónia Libéria já está no séc. XXI?”

O inglês é importante mas não abre as portas para o paraíso. Posso mencionar uma inúmera lista de países na Ásia e em África que têm o inglês como língua oficial desde a sua independência e não estão propriamente no séc. XXI.

Posso também citar alguns países em África que têm o português como língua oficial e estão a fazer um grande trabalho sem ter petróleo e sem terem gás.

Cabo Verde! Cabo Verde é um dos países com melhor governação em África ou no Mundo. Sem gás, sem petróleo, têm apenas pedras, rochas e agora o turismo…. e falam português.

Posso mencionar outros…. Costa Rica! Sem exército, sem petróleo, muito rica…. Falam espanhol! Não o inglês.

Agora alguns acham que o inglês resolve todos os problemas da humanidade…. não é verdade. Ajuda sim, no acesso à ciência, tecnologia e por ai fora.

Os timorenses são poliglotas incríveis. Não encontram um timorense que não fale no mínimo três a quatro línguas. Como por exemplo o espanhol. Aprendem o espanhol com uma grande facilidade. Temos timorenses que foram estudar para Cuba (Medicina) e quando voltaram fiquei espantado com o que aprenderam em três/quatro meses. Eu falo espanhol e quando conversei com eles perguntei: “Quanto tempo estudaram?” e responderam: “Um mês…dois meses…três meses”.

Nós temos estudantes/profissionais na Coreia do Sul, eles falam a língua coreana. Um até fez um doutoramento em coreano! Temos centenas na China, em licenciaturas diferentes a falarem mandarim fluentemente. Alguns também já estiveram no Japão, na Academia Naval Japonesa. Eu tive tanta pena destas pessoas. Eu disse “ Meu Deus, vocês sobreviveram a uma escola Japonesa? Uma Academia Naval Japonesa?” e sim, sobreviverem com muito êxito. Uma Academia Naval Japonesa algures no sul, muito rigorosa. Portanto, não temos problemas com isto.

Apenas Americanos e Australianos, que só conseguem falar uma língua, ficam confusos no porquê dos timorenses falarem várias línguas.

UE doa 20 milhões ao Governo da G-Bissau

"É o mais substancial apoio financeiro que este Governo recebeu desde que está em funções", disse Geraldo Martins que acredita no "efeito catalisador" da ajuda europeia perante os demais parceiros da Guiné-Bissau.


A convenção do financiamento foi assinada hoje por Geraldo Martins e pelo representante da União Europeia na Guiné-Bissau, Joaquim Gonzalez-Ducay na presença de alguns diplomatas europeus.
O ministro da Economia e Finanças afirmou que o financiamento, repartido em 10 milhões para 2014 e igual soma para o próximo ano, representa "um sinal de confiança" da UE "principal parceira económica" da Guiné-Bissau nas novas autoridades do país.
De acordo com o ministro da Economia e Finanças guineense o apoio da UE vai ajudar a suprir o défice orçamental de 2014.



G-Bissau confere papel de estabilizador à comunidade internacional



O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, disse que o processo politico-governativo em curso no país confere à assistência internacional um papel fundamental de estabilizador, tendo em vista o enraizar e o reforço da «imunidade» do sistema democrático e a capacidade institucional do Estado.

Domingos Simões Pereira fez as declarações durante a sua alocução na cerimónia de abertura da XIII Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre esta quarta-feira, 29 de Outubro, em Bissau, sublinhando ainda que este pressuposto visa assegurar a legitimação social da governação e revitalização a economia nacional.

Simões Pereira voltou a dizer que parte para um desafio de construir uma nova Guiné-Bissau, com consciência clara dos problemas, mas imbuído de um espírito patriótico de mobilização colectiva e de união entre os guineenses, em particular da classe política e dos órgãos de soberania nacional.

«Se é verdade que o processo de estabilização política do nosso país e da normalização do funcionamento das instituições democráticas em curso na Guiné-Bissau dependem de um grande esforço nacional, também é verdade que requer necessariamente um apoio inequívoco e urgente dos nossos parceiros regionais e internacionais, através de uma articulação e coordenação das suas intervenções», sublinhou.

Foi neste sentido que o Chefe do Governo guineense destacou três situações, que se configuram no imperativo da conjugação da comunidade internacional, passando pelas reformas nos sectores de defesa e segurança, extensão da presença do Estado ao nível nacional de forma efectiva, organizada, e a extrema e complexa situação do combate ao tráfico de droga e crime organizado.

«Acreditamos que a Guiné-Bissau poderá ser um caso de sucesso nos processos de consolidação da estabilidade e da boa governação», disse o Primeiro-ministro.

Para a concretização deste processo de consolidação, Simões Pereira disse que a Guiné-Bissau precisa de uma intervenção robusta e de impacto dos seus parceiros de desenvolvimento para alavancar os pressupostos de uma transição para o desenvolvimento do país.

«Acreditamos que a reactivação do Grupo de Internacional de Contactos para a Guiné-Bissau, em perspectiva a partir de Novembro, vai restabelecer um quadro institucional e um espaço de intervenção que vai ainda reforçar o potencial político do país no dialogo com os seus parceiros internacionais», referiu.

Por outro lado, o Primeiro-ministro guineense disse que tem em perspectiva a continuidade de uma força internacional de estabilização, após o período do presente mandato, através de um consenso que envolve actores políticos nacionais e parceiros internacionais.

Neste âmbito, Simões Pereira destacou o papel desempenhado pela força da ECOMIG no país durante o período de transição que terminou recentemente.

Os trabalhos terminam esta tarde em Bissau, com a adopção de uma declaração da reunião dos ministros dos países membros da organização lusófona.
 
 
 
 

Ébola, "inimigo militar" para EUA

O chefe do Pentágono, Chuck Hagel, determinou, nesta quarta-feira, uma quarentena de 21 dias para todos os soldados que retornam do oeste da África e considerou a medida "prudente" para evitar a disseminação do vírus Ebola em solo americano.


A iniciativa mostra que o Exército está tomando medidas muito mais estritas do que as estabelecidas para trabalhadores sanitários enviados pelo governo americano à Libéria e ao Senegal, em meio a um intenso debate sobre como tratar os americanos que podem ter tido contacto com a doença mortal.

"O secretário acredita que esses passos iniciais são prudentes, em vista do grande número de militares que transitam entre sua base e o oeste da África e das demandas logísticas e do impacto que essa mobilização tem na força", declarou o porta-voz da pasta, o contra-almirante John Kirby, em um comunicado.

A quarentena foi adoptada, mesmo que os oficiais tenham dito que os soldados se concentrarão na construção de clínicas médicas, ou no treinamento, e não terão contacto com as pessoas infectadas.

Hagel explicou que a decisão foi tomada em parte porque as famílias dos militares solicitavam a quarentena.

"Esta foi uma política discutida em detalhes com as comunidades, as famílias e com nossos homens e mulheres militares, que queriam muito uma válvula de escape sobre este tema", disse Hagel em um evento na capital americana, o "Washington Ideas Forum".

O Exército americano já tinha determinado uma quarentena de 21 dias para as suas tropas que retornam de Libéria e Senegal. A ordem de Hagel estendeu a medida a todos os setores das forças militares.

Segundo essa decisão, Hagel pediu aos chefes das Forças Armadas que apresentem um plano detalhado dentro de 15 dias sobre como realizar a quarentena. Ele instruiu os chefes a revisar o novo regime no prazo de 45 dias e informar se deve continuar com as medidas.

'Fatos', não 'medo'

Especialistas médicos criticaram duramente as recentes ordens de quarentena, adoptadas em Nova York e Nova Jersey, afirmando que eram baseadas em política, e não na ciência.

Na terça-feira, o presidente americano, Barack Obama, instou os americanos a responderem ao vírus com "fatos" no lugar do "medo".

Mas o presidente defendeu a abordagem dos militares, afirmando que as Forças Armadas apresentaram uma "situação diferente" da dos trabalhadores sanitários civis.

O Pentágono defendeu a iniciativa, apesar de algumas críticas de que teria adoptado medidas excessivamente rigorosas, que poderiam transmitir uma mensagem equivocada sobre como a doença se espalha.

"Nós descobrimos, com o passar dos anos, que procedimentos de transferência de tropas controladas com firmeza nos servem bem e acreditamos que este seja o caso", disse a jornalistas o porta-voz do Pentágono, coronel Steven Warren.

Warren afirmou que as Forças Armadas ainda precisam decidir, se a quarentena se aplicaria a tropas aerotransportadas que sobrevoam Monróvia, na Libéria, ou Dacar, no Senegal.

Agora, 1.104 militares americanos estão no oeste da África, ajudando no combate à epidemia, com 983 na Libéria e 121 no Senegal, completou Warren. Segundo ele, a missão inclui uma equipe médica da Força Aérea americana, formada por 20 profissionais que estão treinando funcionários sanitários em Monróvia.

Ainda de acordo com Warren, nenhum dos soldados mobilizados na região demonstrou quaisquer sintomas do vírus até agora.

O Pentágono planeia enviar uma força de 3.200 homens ao oeste da África, e os comandantes têm a autoridade para elevar esse contingente para até 3.900 soldados.
 
 
(Foto de MANDEL NGAN/AFP/Arquivos)
 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O PR português recebe esta quinta-feira em audiência o seu homólogo da G-Bissau, José Mário Vaz

O Presidente da República recebe esta quinta-feira (às 15:30) em audiência o seu homólogo da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, anunciou hoje a Presidência da República em comunicado.

Nos últimos meses a relação entre os dois países tem sido marcada pela suspensão dos voos da TAP para a Guiné-Bissau, desde Dezembro do ano passado, depois do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa.

Ainda hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, se mostrou confiante em que a companhia retome as ligações no prazo máximo de 45 dias, depois de ter sido ultrapassada a mais recente data apontada para o reinício das operações - 26 de Outubro.

Portugal está ainda envolvido na frente de prevenção e combate ao vírus Ébola no território guineense, estando prevista a instalação de uma base no hospital militar da capital.
 
 
 

PM da G-Bissau diz que país ainda está longe de ter a paz desejada

A sociedade guineense ainda está longe de ter a paz desejada, pelo que o país requer a atenção e ajuda da comunidade internacional, afirmou hoje o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, na abertura do Conselho de Ministros da CPLP.


Domingos Simões Pereira citou a recente mudança do chefe das Forças Armadas, com a saída do general António Indjai para entrada de Biague Nan Tan, para referir que as alterações na estrutura militar «ainda vão a meio» e precisam ser consolidadas.

O primeiro-ministro guineense pediu aos chefes da diplomacia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para que apoiem e acelerem as iniciativas do seu Governo no âmbito das reformas no sector militar, apontando o acordo com o Brasil na área da formação de polícias.

O chefe do Governo apelou também para que o país seja apoiado nas suas intenções de transformar o actual quartel-general das Forças Armadas, nas instalações da fortaleza de Amura, no centro de Bissau, num museu etnológico.

Simões Pereira enalteceu «o clima do entendimento» entre os dois partidos mais representativos no Parlamento, PAIGC e PRS, mas realçou as «fragilidades e dificuldades» do Estado no cumprimento das suas obrigações, nomeadamente em relação ao pagamento de salários aos funcionários públicos.

O primeiro-ministro apresentou igualmente aos chefes da diplomacia da CPLP as acções em curso no país para a melhoria das condições de vida dos cidadãos, destacando a abertura do ano escolar e a elaboração de um plano de emergência sanitária para fazer face ao vírus Ébola, que afecta vários países vizinhos.

Nesse particular Domingos Simões Pereira assinalou as promessas de apoio por parte de Portugal para a execução deste plano.

Antigo representante da ONU na Guiné-Bissau pede prudência nas mudanças militares

O antigo representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau José Ramos-Horta apelou hoje, em Bissau, às autoridades guineenses a terem prudência nas mudanças nas chefias militares.


José Ramos-Horta encontra-se em Bissau a convite do Governo guineense para ajudar na preparação de uma mesa-redonda com os doadores a ter lugar em fevereiro, em Bruxelas, Bélgica.

Questionado pelos jornalistas sobre a mudança na chefia das Forças Armadas, com a saída do general António Indjai e entrada de Biague Nan Tan, o antigo representante da ONU no país aconselhou a liderança guineense a não se precipitar nas alterações do sector militar.


Morreu o Presidente da Zambia

Morreu o Presidente que queria varrer os males da política



As cataratas de Victoria, que são as maiores do mundo, têm por alcunha "o fumo que troveja". Essa alcunha também serve para descrever Michael Sata, até ontem Presidente de Zâmbia, em cuja fronteira se situam. Sata acaba de morrer em Londres, de doença ainda desconhecida, que o Governo aliás negou durante semanas. Embora o seu período no cargo tenha sido breve - uns escassos três anos - o estilo dele, vigoroso e abrasivo (havia quem lhe chamasse demagógico) deverá influenciar a política no país durante algum tempo.

Sata ascendeu à presidência após três tentativas falhadas. Estava na política desde o tempo de Kenneth Kaunda, o autocrata que dirigiu o país em regime de partido único durante quase três décadas após a independência em 1964. Como membro do UNIP de Kaunda, foi eleito governador de Lusaca, e aí começou a fazer a sua marca, tapando buracos em estradas e construindo infraestruturas. Tinha o hábito de ir para a rua varrer, ao lado dos funcionários, para dar o exemplo. E dizia que também queria varrer corrupção da política.

Quando Kaunda escolheu outro correlegionário para concorrer à presidência em 1991, Sata mudou-se para o MMD, um partido que defendia a democracia multipartidária. Eleito o candidato do MMD, Sata assumiu uma sucessão de postos ministeriais: governo local, Trabalho, Saúde... Mas mais uma vez teve desentendimentos, e saiu para formar o seu próprio partido, a Frente Patriótica. Candidatou-se à presidência, mas teve menos de 4% dos votos.

Nas presidenciais seguintes, a percentagem foi subindo: 29% em 2006, e quase metade dos votos em 2008. Neste ano ele estava convencido que tinha ganho, e inicialmente não aceitou o resultado. Teria ainda mais uma oportunidade, em 2011, e dessa vez conseguiu. Contribuiu o seu tom populista, com inventivas contra os chineses no país. Vivem lá cerca de 100 mil, e os investimentos com essa origem têm feito desenvolver o país, mas também existem tensões para causa da exploração de que os nativos muitas vezes serão vítimas.

Contra os "capitalistas e imperialistas"... mas já pragmático
Após assumir o cargo, Sata moderou as suas declarações sobre o assunto. Mas continuou a prodigalizar tiradas contra os mais diversos alvos, incluindo alguns dos seus ministros. Também manteve uma certa tradição de recorrer a acusações criminais contra opositores políticos, como em tempos houve contra ele. Mesmo assim, o país permaneceu um relativo oásis de paz comparado com alguns dos seus oito vizinhos, por exemplo Angola, Congo ou Zimbabué.

Sata acusava os "capitalistas e imperialistas ocidentais" de estarem a desestabilizar o regime de Robert Mugabe, e procurava manter a sua imagem popular, por exemplo afastando o guarda-chuva aberto com que um assistente quis protegê-lo da pluviosidade durante uma visita oficial, ou afirmando que se recusava a beber água mineral enquanto todos os cidadãos do seu país não tivessem acesso a água potável.

A Zâmbia fica no centro da parte sul da África e tem 752 mil quilómetros quadrados. Dos seus 14,3 milhões de habitantes, uns 60% vivem com menos de dois dólares por dia. É o maior produtor africano de cobre e a subida acentuada dos preços desse mineral tem ajudado bastante a economia nos últimos anos.
 
(in: expresso)
 
 
 

Está reunido em Bissau O Conselho de ministros da CPLP

Ministros dos Estrangeiros e das Relações Exteriores dos estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão reunidos, nesta quarta-feira (29), em Bissau, para avaliar a situação na Guiné Bissau, na sequência das eleições legislativas e presidenciais realizadas em abril e maio deste ano, que restabeleceram o processo democrático interrompido pelo golpe de estado de 12 de abril de 2012.


A reunião dos chefes da diplomacia da CPLP visa estimular os investimentos internacionais no desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau.

Na reunião participam ainda o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, e responsáveis da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da União Africana (UA) e da União Europeia (UE).

Miguel Trovoada chamou a atenção, durante recente visita a Lisboa, para a necessidade de promover com prioridade a reforma das Forças Armadas da Guiné-Bissau, medida que considerou essencial para "a estabilidade e paz".

As alterações propostas aos limites de mandato Burkina Faso

WASHINGTON, October 29, 2014
Jen Psaki

Department Spokesperson, Office of the Spokesperson

Washington, DC

October 28, 2014

 
The United States is concerned by the spirt and intent behind a draft National Assembly bill in Burkina Faso to amend the constitution to allow the term-limited incumbent president to run for an additional five-year term. As the Burkinabe National Assembly prepares to consider the proposed constitutional changes, the United States emphasizes that constitutionally mandated term limits provide an important mechanism to hold heads of state accountable, ensure peaceful and democratic transfers of power, and give new generations the opportunity to compete for political office and elect new leaders. We urge all involved, including Burkina Faso’s security forces, to adhere to non-violence, and to debate this issue in a peaceful and inclusive manner.

 
SOURCE

US Department of State


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Integração económica é importante para países da CPLP

Ao intervir na cerimónia de abertura da 29ª reunião do Conselho de Directores – Gerais da Alfândegas da CPLP, Valentina Filipe referiu que esta harmonização dos resultados pode ser dada pela vertente das vantagens comparativas nas fronteiras ou pela capacidade de aumento da produtividade em todos os sectores das economias, garantido-lhes crescimento sustentável, com melhor distribuição das riquezas nacionais.


Sublinhou que, pelos princípios das vantagens comparativas, a inserção competitiva se inicia pelo aumento da produtividade na agro-pecuária, pescas e na agro-indústria, produzindo cada vez mais para atender o consumo interno e gerar excedentes exportáveis.

Por sua vez, o secretário-geral da conferência de directores - gerais das Alfândegas da CPLP, Francisco Curinha, informou que a CPLP em 2012 representava 3,67 porcento do Produto Interno Bruto Mundial e 3,9 porcento do comércio mundial, mantendo a maioria dos países que a integram um crescimento anual positivo, o que perspectiva um desenvolvimento sustentado para o futuro com natural reflexo nas trocas comerciais.

Uma aposta dos países da CPLP deve incidir sobre a implementação de medidas que facilitem o comércio, o que irá permitir a todos os países da CPLP, contribuir para o desenvolvimento das suas relações comerciais dando origem a um maior desenvolvimento económico.

Segundo referiu, desde 2007, um dos grandes objectivos alcançados pela comunidade foi a criação de um portal especifico para as alfândegas da CPLP, além de outras acções.

Integram o conselho de directores das Alfândegas da CPLP, Angola, Moçambique, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe ,Brasil, Guiné-Bissau , Portugal e Timor Leste.

Neste encontro, os grandes ausentes são Timor Leste, Cabo Verde e Guiné Equatorial.
 
 
 
 

Governo em «contactos intensos» com a comunidade internacional

O Primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, disse que o Governo se encontra em intensos contactos com a comunidade internacional, numa altura em que faltam apenas quatro meses para a mesa redonda, agendada para meados de Fevereiro de 2015.


Domingos Simões Pereira fez o anúncio à PNN depois do seu regresso ao país, proveniente do Ghana na companhia de alguns membros do seu Governo, onde foram apresentar o plano ao Presidente em exercício da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Chefe de Estado ganês, Jonh Mohamed Mahama.

«Estive num encontro de trabalho com o vice-Presidente do Ghana, onde informámos sobre os nossos objectivos que são os trabalhos da reunião da mesa redonda, que temos em vista em relação à Guiné-Bissau», disse.

Domingos Simões Pereira falou da reunião extraordinária dos Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), agendada para 29 de Outubro em Bissau, e a reunião da Confederação Empresarial dos Países Africanos da Língua Portuguesa (CE-PALOP), a decorrer em Bissau a 29 e 30 de Outubro.

Depois deste encontro o Chefe do Governo anunciou a sua deslocação para Portugal, devendo mais tarde seguir para os EUA, em mais um encontro de sensibilização da comunidade internacional sobre a reunião de Fevereiro.
 
 
 
 
 

Ministra da Justiça da Guiné-Bissau reconhece que sector está desacreditado

A ministra da Justiça da Guiné-Bissau, Carmelita Pires, admitiu hoje que o sector está desacreditado, prometendo o empenho do governo na resolução dos problemas existentes, entre os quais a demora processual.


"A justiça é vital para a coesão nacional, a justiça funcional dá confiança aos cidadãos, apazigua tensões sociais e desincentiva todas as formas de criminalidade", afirmou a ministra, na abertura do quarto fórum nacional sobre justiça criminal, uma iniciativa conjunta da tutela e do gabinete integrado das Nações Unidas para consolidação da paz (Uniogbis).

Para Carmelita Pires, a justiça do país "está muito desacreditada" pelos inúmeros casos "não resolvidos e pela morosidade em redimir litígios" entre cidadãos.

No seu discurso de abertura do fórum, a ministra guineense, Carmelita Pires sublinhou a importância do evento que disse acontecer num momento de "corte com o passado" em que todos os responsáveis do Estado devem "reflectir, debater e recomendar" novas abordagens de questões do interesse geral.

Durante três dias o fórum vai abordar temas como: Criminologia do fenómeno da corrupção, a impunidade e os seus reflexos na justiça penal, as causas do estrangulamento da justiça penal, as novas formas de criminalidade, o tráfico de seres humanos, a violência baseada no género e turismo sexual, o tráfico de drogas, entre outros.

O fórum também dedicará uma atenção particular a problemática da justiça militar que a organização do evento entende ser um assunto de interesse nacional pelo que deve ser debatido pelos civis.

O representante do secretário-geral das Nações Unidas e chefe da Uniogbis, o ex-presidente de São Tomé e Príncipe, Miguel Trovoada, afirmou, no seu discurso, que fortalecer o Estado de direito "é uma tarefa delicada mas essencial" que necessita da colaboração de todos os parceiros da Guiné-Bissau.

Trovoada lembrou que a presença da Uniogbis na Guiné-Bissau, mandatada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, se deve ao seu papel na consolidação do Estado de direito no país africano de língua oficial portuguesa.

O responsável da ONU salientou, no entanto, que o Estado de direito democrático "não pode ser alcançado" se a população não confiar nos órgãos de resolução de disputas.

Miguel Trovoada prometeu escutar e apoiar as recomendações que sairão do fórum que já vai na sua quarta edição embora não tenha sido realizado nos dois últimos anos em que vigorou um governo de transição na sequência do golpe militar de 2012.

O fórum sobre a justiça criminal acontece um dia depois do encerramento do encontro de alto nível entre o Governo guineense, Parlamento e ONUDC (escritórios das Nações Unidas para o combate a droga e crime).

(Drª Carmelita Pires)
 

DW encerra ondas curtas e lança nova programação em português

No dia 27 de outubro de 2014 começa o novo programa de rádio para a África lusófona da DW. A emissora internacional da Alemanha irá transmitir duas vezes por dia, de segunda a sexta-feira, emissões de 20 minutos cada. A página da DW África também irá mudar.


A nova grelha de programação da DW África
 
A partir de 27 de outubro de 2014, a emissora internacional da Alemanha irá transmitir duas vezes por dia, de segunda a sexta-feira, emissões de 20 minutos cada.

Alternativas às Ondas Curtas

Como as emissões de onda curta perderam popularidade nos últimos anos, a DW África deixa de usar esta via de transmissão a partir do dia 26 de outubro. As emissões estão disponíveis em FM através das rádios parceiras da DW. Ou na internet através da página da DW, da versão móvel da página e de podcasting.

A página da DW África: mais interactividade


A oferta online da DW África também se adapta às mudanças. A partir de 27 de outubro, aposta ainda mais no diálogo com os utilizadores da sua página e da página da DW no Facebook. Participe no debate com uma resposta à pergunta do dia! Publicamos diariamente uma síntese das respostas no "Espaço do Ouvinte".

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(DW Português para África)
 
 
 

Itália pondera suspender resgate de barcos com migrantes, Portugal ajuda a ocupar o vazio

As autoridades italianas estão a ponderar suspender a sua missão de resgate de embarcações com migrantes africanos, deixando o salvamento a cargo da missão europeia, a ser lançada no próximo sábado.


A missão da União Europeia, (OPERAÇÃO TRITON) que vai contar com meios portugueses, surge por receio que o número de vítimas mortais aumente após a saída das equipas italianas.

O Reino Unido anunciou que não planeia apoiar a União Europeia no desenvolvimento destas missões de resgate, argumentando que vai criar um "efeito de atracção", incentivando os migrantes a aventurarem-se nas travessias marítimas.

Os esforços da Marinha e da Guarda Costeira italianas já salvaram este ano cerca de 150 mil pessoas que tentavam chegar ao país vindos do norte de África.

A entrada em funcionamento da missão europeia "Triton" acontece numa altura em que tudo indica que a missão italiana vai ser cancelada. "A 'Mare Nostrum' está a ser encerrada. Vai haver uma decisão formal durante uma das próximas reuniões do gabinete", disse recentemente o vice-primeiro ministro e ministro do Interior, Angelino Alfano.

No entanto, o governante recordou que as operações são distintas: a "Triton" vai permanecer em águas territoriais europeias e a "Mare Nostrum" resgata pessoas do Estreito da Sicília até à costa da Líbia.

O dispositivo "Mare Nostrum", militar e humanitário, foi lançado em Outubro de 2013 pelo Governo italiano para reforçar a vigilância e segurança no Mediterrâneo, depois do acidente no início desse mês, em que morreram 339 imigrantes quando tentavam alcançar Lampedusa.

A operação italiana, que também passou a usar aviões não tripulados (drones) para localizar barcos suspeitos, juntou-se a iniciativas europeias como o “Frontex”.
P.s.  A missão "Mare Nostrum" foi criada há um ano, depois de dois naufrágios mortais, um dos quais ao largo de Lampedusa.


"OPERAÇÃO TRITON"
Oito países da União Europeia, entre os quais Portugal, disponibilizaram navios e aviões para a “Operação Triton”, que vai patrulhar o Mediterrâneo e socorrer migrantes em perigo a partir de Novembro.

A Frontex, agência europeia para a vigilância das fronteiras, encarregada de coordenar a operação e colocada sob comando italiano, pretende utilizar mensalmente seis navios, dois aviões e um helicóptero, adiantou num comunicado.

A agência vai também apoiar as autoridades italianas na recolha de informações durante a recepção aos migrantes com cinco equipas de investigadores de outros países membros do Espaço Schengen.

Portugal, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Islândia, Lituânia e Malta anunciaram que podem disponibilizar meios, precisou a Frontex, que previu um orçamento mensal de 2,9 milhões de euros para este fim.

As equipas que ajudarão na recolha de informações serão compostas por elementos da Alemanha, Áustria, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Suécia e Suíça, indicou.

"De acordo com o mandato da Frontex, o principal objectivo da Triton será o controlo das fronteiras marítimas, mas consideramos que salvar vidas será a prioridade da operação", disse o director da agência, Gil Arias Fernandez, citado no comunicado.

A Triton não substituirá a “Operação Mare Nostrum” lançada pela Itália na sequência da tragédia de Lampedusa em Outubro de 2013, que causou a morte de 339 imigrantes, segundo a Comissão Europeia.

Os navios e aviões envolvidos na operação vão apoiar os navios italianos e devem socorrer embarcações em perigo, cujos passageiros serão transportados para Itália, que continua encarregada do acolhimento e da análise dos pedidos de asilo.


Reunião da CPLP permitirá definir ajuda à G-Bissau

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco lusófono reúnem-se esta quarta-feira em Bissau, num Conselho de Ministros extraordinário, num encontro que pretende debater a situação na Guiné-Bissau, que regressou à normalidade democrática após eleições legislativas e presidenciais em abril e maio deste ano, ao fim de cerca de dois anos de um governo de transição, na sequência de um golpe de Estado.


Em declarações à Lusa, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, afirmou que "esta reunião representa, por um lado, a reafirmação do retorno da Guiné-Bissau à convivência dos países democráticos".

Por outro lado, referiu, é "uma oportunidade para discutir alguns aspectos da ajuda que a CPLP pode efectuar no contexto da solidariedade que a organização naturalmente impõe aos seus membros, de forma a que a Guiné-Bissau possa continuar o caminho do desenvolvimento que foi interrompido pelo golpe de Estado de 2012".

Segundo um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros, a reunião permitirá reiterar o apoio da CPLP a Bissau, "no sentido de prosseguir com as reformas necessárias para a estabilidade política, económica e social, bem como a consolidação do Estado de Direito e as demais condições para a paz e o desenvolvimento".

Na XIII reunião extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP participam também o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada e responsáveis da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), da União Africana e da União Europeia.

Na semana passada, no final de uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, Miguel Trovoada apontou a reforma das Forças Armadas da Guiné-Bissau como essencial para "a estabilidade e paz" naquele país, apesar de os parceiros internacionais ainda não terem assegurado o financiamento da medida.

Actualização: Hosp. Simões Mendes

Compreende-se, mas injustificável. Como é que num hospital não há um único aspirador (de preferência industrial) ??. Bom... há uma solução. Arranque-se a rede, limpe-se e coloque-se novamente ou substitua-se. Um pouco de rede não deve ser tão caro assim.

Como é feita a limpeza no Hospital ?? Varrendo manualmente e acrescentando mais pó contaminado ao já existente no ar ??. 

Senhores... já passaram 40 anos....


(Último comentário em 28/10/2014)