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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Principal partido da oposição na G-Bissau mantém-se no Governo

A decisão de manutenção dos seis membros do PRS no Governo (três ministros e outros tantos secretários de Estado) foi tomada na reunião do conselho nacional do partido realizada no fim de semana em Bissau na qual tomaram parte 361 elementos.


Segundo Vitor Pereira, porta-voz do partido fundado pelo falecido ex-presidente guineense, Kumba Ialá, os 316 conselheiros que estavam na sala da reunião votaram "de forma unânime" pela manutenção no governo do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Um dos cofundadores do partido, Mário Pires, antigo primeiro-ministro guineense, disse que apesar de votar mantêm a sua posição crítica sobre a presença do PRS no governo que considera "nociva aos interesses do partido" que, disse, devia ser oposição.

"Já não há oposição na Guiné-Bissau e isso é mau para democracia", defendeu Mário Pires cujo posicionamento foi bastante criticado por sectores próximos à direção do partido na reunião do conselho nacional.

O antigo ministro do Interior, Fernando Correia Landim é outra voz crítica que questiona o facto de Alberto Nambeia, presidente do partido e Florentino Mendes Pereira, secretário-geral, se juntarem ao poder, integrando, respectivamente as funções segundo vice-presidente do Parlamento e ministro da Energia.

"O partido ficou sem liderança pois os dois principais dirigentes estão ao lado do poder", afirma Correia Landim.

O presidente do PRS, Alberto Nambeia, considerou de normais as vozes que se levantaram contra a sua direção frisando a grandeza do partido que disse ter saído reforçada com o conselho nacional.
 
 

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