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Joseph Pulitzer

sábado, 7 de março de 2015

Angariação de leite para crianças de São Tomé e Príncipe

O espectáculo de dança “MamAfrica” chega a São Miguel a 25 de julho. A causa visa angariar leite para os primeiros anos de vida de crianças de São Tomé.
A 25 de julho a população micaelense vai poder contribuir para a causa solidária do Banco de Leite de São Tomé e Príncipe. Nesse dia, o espectáculo “MamAfrica Açores 2015”, composto por cerca de 80 crianças e jovens de escolas do continente, pisará o palco do Coliseu Micaelense.


O Banco de Leite de São Tomé e Príncipe é, segundo Frei Fernando Ventura, “filho da ilha de São Miguel”. As empresas leiteiras da Ilha – Unileite, Bel e Insulac – estiveram, desde o primeiro momento, presentes e “é com São Miguel que temos levado avante a alimentação de 42 crianças do Orfanato de São Tomé, e mil copos de leite distribuídos diariamente por outras tantas crianças, quer de São Tomé, quer do Príncipe”, disse o fundador do Banco de Leite.

“MamAfrica” é um espectáculo de danças africanas que, em parceria com o Banco de Leite de São Tomé e Príncipe, visa atrair pessoas de forma a doarem embalagens de leite de substituição e farinhas lácteas para os primeiros anos de vida das crianças do orfanato. Segundo Frei Fernando Ventura, em certas zonas de São Tomé e Príncipe “a sobrevivência até aos cinco anos de idade é de uma em cinco crianças”.

O guião do espectáculo revela a história da génese da vida através dos quatro elementos – ar, fogo, terra e água – que dão origem à criação da vida humana e do planeta Terra nomeadamente do continente africano, acentuando assim a mensagem de solidariedade, onde a alegria e a nostalgia se revelam a cada momento coreográfico.

O espetáculo “MamAfrica” já atingiu mais de 10 mil espectadores de todo o país, sendo que a maior audiência, até agora, foi de 800 pessoas, no Casino Estoril, sublinhou Frei Fernando Ventura. Agora é a vez de São Miguel, e segundo o fundador do Banco de Leite, a Câmara Municipal de Ponta Delgada disponibilizou gratuitamente o Coliseu Micaelense.

As 80 crianças e jovens constituem um grupo que se dedica à dança, música, teatro e, brevemente, a outras artes de palco, como as artes plásticas e artes circenses, adiantou. “São esses jovens e crianças que dão de comer às crianças de São Tomé e Príncipe” que tanto precisam.

O Banco de Leite já não é só um fornecimento de leite de substituição e de farinhas lácteas, está também a chegar material escolar às escolas de São Tomé.

Cerca de 850 crianças do agrupamento de Escolas de Paços de Ferreira fizeram à mão um livro de aritmética e uma gramática de português para os colegas são-tomenses, disse Frei Fernando Ventura.

“É um trabalho duro que tira-lhes os tempos livres, férias e fins de semana”, salientou, acrescentando que “é um orgulho que haja gente capaz de sacrifícios e com consciência de um trabalho que faz diferença na vida de outras pessoas”. O fundador do Banco de Leite de São Tomé e Príncipe finalizou dizendo que “não podemos tirar a fome do mundo, mas podemos sempre tirar alguém do mundo da fome”.

Para este ano, o projecto solidário tem previstas, pelo menos, 12 apresentações do espectáculo“MamAfrica”.




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