A antiga sede da PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) em Maputo vai ser transformada no Museu Nacional da Resistência Colonial, anunciou fonte do Ministério dos Combatentes de Moçambique
O Governo moçambicano pretende transformar a Vila Algarve, sede da polícia política portuguesa até ao 25 de Abril e actualmente em ruínas, num dos pontos de maior atracão turística da capital moçambicana, além de torná-la num local histórico da luta de libertação do colonialismo.
O projecto é da responsabilidade do Ministério dos Combatentes, em parceria com o Conselho Municipal da cidade de Maputo.
Para a recolha e tratamento do espólio do futuro museu, o Ministério dos Combatentes conta com o apoio da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação de Moçambique, do Arquivo do Património Cultural e do Centro de Pesquisa da História da Luta de Libertação Nacional.
Em 2013, o ministério abriu um concurso público para um projecto de restauro do edifício, tendo sido vencido por uma companhia moçambicana não identifica, que, segundo fonte governamental, já concluiu o projecto para a reabilitação do local.
A empresa aguarda o orçamento para iniciar as obras de reabilitação do edifício que se encontra abandonado há várias décadas e que foi habitado entretanto por várias famílias em condições precárias.
Pela cadeia da PIDE passaram muitos nacionalistas moçambicanos, na maioria membros da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) que, até 1974, desencadeou uma guerra de libertação contra o colonialismo português.
Entre os detidos mais famosos contam-se o pintor Malangatana Valente Ngwenya e o poeta José Craveirinha, ambos já falecidos.
Construída em 1934, a Vila Algarve foi erguida por ordens de José Santos Rufino, proeminente comerciante e editor fotográfico português em Lourenço Marques, actual Maputo.
Moçambique assinala a 25 de junho 40 anos da sua independência.
(foto da net) |
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