"Os militares decidiram mudar os seus comportamentos" e submeter-se "às orientações políticas do país. Estão a dar uma demonstração da sua capacidade enquanto cidadãos guineenses", referiu a ministra.
Cadi Seidi falava aos jornalistas à saída de um encontro entre o ministro da Defesa de Portugal, Pedro Aguiar-Branco, e o Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.
A ministra acompanhou o homólogo português durante toda a visita de hoje a Bissau.
Aguiar-Branco reuniu-se também com o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, e após os encontros disse acreditar que a estabilidade política veio para ficar no território guineense.
"A minha visita é um gesto de optimismo em relação ao futuro da Republica da Guiné-Bissau e desejamos, como país irmão, que isso aconteça de forma sustentável", sublinhou.
Em maio deverão chegar ao país lusófono dois assessores militares portugueses para auxiliar na reforma da estrutura militar e para "identificar os projetos" que devem constar no programa quadro que vai definir a cooperação técnico-militar "para os próximos três anos", sublinhou.
O programa vai abranger as áreas da formação, assessoria militar, estudos superiores e construção de infraestruturas.
Hoje foi já assinado pelos dois titulares da pasta da Defesa um primeiro acordo de cooperação técnico-militar para dar início a acções pontuais mais urgentes.
A Guiné-Bissau ainda está a recuperar da grave crise provocada pelo golpe de Estado militar de 2012 - que afastou os parceiros internacionais e deixou graves marcas económicas e sociais.
Portugal e o Estado guineenses retomaram o diálogo e as relações diplomáticas em pleno, no último ano, depois das eleições gerais que repuseram a norma constitucional.
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