O Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, enviou uma carta à União Europeia propondo uma série de soluções “ousadas e inovadoras” para evitar que mais refugiados e migrantes percam suas vidas no mar.
Cerca de 470 pessoas já morreram ou desapareceram no Mediterrâneo esse ano, em comparação com 15 no mesmo período do ano passado, de acordo com o anúncio feito pela Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) nesta quinta-feira (15).
O ACNUR propõe que a busca e salvamento da União Europeia siga o exemplo da operação italiana Mare Nostrum, que chegou ao fim no ano passado e resgatava refugiados que naufragavam longe da costa europeia. O plano também inclui a criação de um plano para compensar as companhias de navegação pelas perdas económicas que podem ocorrer durante o tempo dedicado ao resgate das pessoas que correm perigo no mar.
“Estamos propondo à União Europeia e aos países europeus uma série de soluções arrojadas e inovadoras para enfrentar os desafios da migração mista no Mediterrâneo e reduzir o número de pessoas que perdem suas vidas no mar”, declarou o director da ACNUR para a Europa, Vincent Cochetel.
Além disso, o ACNUR propôs um projecto piloto para realocar os refugiados sírios resgatados na Itália e Grécia a outros países da Europa, com base em um sistema de distribuição justa. “À medida que o conflito da Síria entra em seu quinto ano com quase 4 milhões de refugiados, principalmente nos países vizinhos da Síria, aumentar as vias legais para que refugiados sírios encontrem protecção na Europa se torna indispensável”.
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