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Joseph Pulitzer

domingo, 22 de março de 2015

Serra Leoa procura travar o ébola

Numa mensagem à nação, o Presidente explicou que toda a população deve ficar em casa durante aqueles três dias. Uma mediada semelhante, anunciada na quinta-feira, limitava o confinamento da população apenas à região de Freetwon e a algumas zonas do norte do país.


“Esta campanha dará a oportunidade às comunidades para participarem directamente no esforço de chegarmos aos zero casos de ébola e será uma boa ocasião para as populações reflectirem e rezarem pela erradicação desta doença no nosso país”, disse o Presidente Koroma.

“Estou pessoalmente empenhado em fazer tudo o que for possível para chegar aos zero casos de ébola e apelo a toda a população, seja de que comunidade for, a agir em concreto para este esforço final”, acrescentou.

Na sua comunicação, o Presidente anunciou restrições que obrigam “todos os cidadãos a ficarem em casa entre as 6h e as 18h” a partir de dia 27 até domingo, 29 de Março. “Nenhuma actividade comercial será permitida durante este período”, durante o qual os restaurantes e os bares também estarão fechados e as actividades na praia serão proibidas.

Num país maioritariamente muçulmano, uma flexibilização das restrições está prevista para a manhã de domingo, para os cristãos celebrarem o Domingo de Ramos.

A Serra Leoa é um dos três países mais afectados pela epidemia do ébola, juntamente com a Guiné Conacri e a Libéria. O país conta com o maior número de casos identificados — cerca de 12.000, ou seja, praticamente metade dos cerca de 25 mil recenseados no total. Contabilizou 3700 mortos no universo total de 10.200 vítimas oficiais da epidemia na África Ocidental.

Em Setembro, as autoridades já tinham imposto um recolher obrigatório de três dias, obrigando a população a uma quarentena forçada, que foi considerado um sucesso.

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