A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), convocou o presidente guineense, José Mário Vaz, para um encontro de urgência em Dakar, capital do Senegal.
No encontro serão discutidas formas de conter a crise política na Guiné-Bissau, perante a ausência de um primeiro-ministro e de um governo constituído, há quase um mês.
Esta semana, o Presidente do Senegal, Maky Sall, presidente em exercício da CEDEAO, esteve de visita oficial a Lisboa, onde a situação da Guiné-Bissau foi objecto de análise com o seu homólogo Aníbal Cavaco Silva.
Antes de partir para Dakar, o Presidente da Guiné-Bissau deveria receber os partidos políticos com assento parlamentar, cumprindo assim uma das etapas para a nomeação de um novo primeiro-ministro que, à força do Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, deverá ser indicado pelo PAIGC, partido vencedor do último escrutínio legislativo.
Tal não aconteceu e José Mario Vaz, antes de qualquer passo na direcção de nomear um novo primeiro-ministro, deverá ouvir as formações políticas representadas na Assembleia Nacional Popular.
Hoje, Miguel Trovoada, representante especial do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, pediu maior brevidade na sua resolução da crise politica que o país vive.
Na mesma ocasião, Trovoada instou o cumprimento do Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, que obriga a devolução do poder ao PAIGC, na qualidade do partido vencedor das últimas eleições legislativas.
Este apelo surge na sequência de informações de que o chefe de Estado guineense pretende apenas aceitar o objecto formal do acórdão e não material, negando assim o direito de o PAIGC indicar um nome para chefiar o governo.
Tal poderá gerar mais confusão à volta do actual cenário político.
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