O encontro - inserido na presidência timorense da organização lusófona - decorre no final de uma semana marcada por vários encontros educativos, que antecedem a reunião ministerial de 17 de abril.
No dia 14 está agendado um seminário sobre o "Plano Estratégico de Cooperação Multilateral no Domínio da Educação da CPLP (2015-2020)", no dia seguinte, um colóquio sobre "Ensino Técnico Profissionalizante na CPLP" e a 16 de abril a IV Reunião Ordinária dos Pontos Focais de Educação.
Recorde-se que na cimeira de chefes de Estado e de Governo do ano passado, em Díli, foi aprovada uma resolução sobre a "Educação na Agenda para o Desenvolvimento Pós-201", que reconhece a necessidade de "um continuado esforço de investimento na Educação de qualidade e a sua importância para a consolidação dos objectivos da CPLP".
O texto pedia ao Secretariado Executivo da CPLP para promover, em matéria de Educação, "o diálogo político para a convergência de posições dos Estados membros da CPLP" no quadro dos debates da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a Agenda para o Desenvolvimento Pós 2015
Instava ainda os Estados membros a estabelecer "metas quantificadas para o desenvolvimento da Educação" e a desenvolverem esforços "para o cumprimento das metas e Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, em consonância com o Plano de Desenvolvimento Nacional de cada Estado membro".
Durante o encontro ministerial de Díli, um dos assuntos que deverá ser discutido é a proposta da presidente da Assembleia da República portuguesa, apresentada esta semana ao Governo timorense, para a criação de um novo programa, denominado provisoriamente como "Pessoa" para a mobilidade de estudantes do ensino superior e profissional.
A proposta de Assunção Esteves foi entregue por uma delegação de deputados portugueses que está de visita a Timor-Leste ao ministro de Estado e Coordenador de Assuntos Sociais e ministro da Educação timorense, Fernando La Sama Araújo.
Um outro assunto na agenda deverá ser o ensino do português.
Em entrevista em março à Lusa, Hernâni Coelho, ministros dos Negócios Estrangeiros timorense, defendeu que a CPLP deveria funcionar "como uma verdadeira comunidade" e ajudar os seus países-membros com maior dificuldade no ensino do português, nomeadamente a Guiné Bissau e Timor-Leste.
"Seria de facto de grande importância, de grande utilidade, utilizar os meios disponíveis na CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] para melhor aperfeiçoar a língua portuguesa", afirmou Hernâni Coelho, em entrevista à agência Lusa.
"Um esforço conjunto poderia beneficiar não só Timor-Leste mas outros países onde o ensino e a aprendizagem do português sofreram algumas dificuldades durante um certo período de tempo", considerou.
Hernâni Coelho disse que a CPLP é "uma família" que tem que trabalhar em conjunto, ajudando-se.
"Sem isso não teria sentido termos uma comunidade. Se uma comunidade entre si não se ajuda, começa a perder a sua natureza de comunidade", concluiu.
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