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Joseph Pulitzer

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Timor Leste, há os "que trabalham para defender a soberania nacional e a estabilidade".

O líder histórico timorense Xanana Gusmão foi hoje condecorado com o título da Ordem da Guerrilha, "pela sua inexcedível liderança na luta da libertação nacional", no decorrer das cerimónias do 40º aniversário das Falintil.


Xanana Gusmão recebeu a condecoração das mãos do Presidente da República, Taur Matan Ruak, que presidiu às cerimónias de hoje que decorreram em Taci Tolo, a oeste de Díli.

"Pelo seu exemplo, em momentos-chave da nossa história, e pela capacidade de liderança, Xanana Gusmão foi verdadeiramente um pai fundador de Timor-Leste", disse Taur Matan Ruak no discurso oficial das comemorações.

"A sua visão - antes e depois da Independência - está na base da política de reconciliação, paz e estabilidade que o nosso país e o nosso povo adotaram e implementaram com grande determinação e de coração aberto", afirmou.

Xanana Gusmão, que no passado recusou por várias vezes condecorações, foi um dos vários líderes históricos que se reuniram em Taci Tolo para recordar a criação, em 1975, das Falintil, as Forças Armadas de Libertação de Timor-Leste.

Criadas como braço armado da Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente), e tornadas apartidárias em 1987, foram um dos pilares essenciais da resistência à ocupação indonésia.

"O 40º aniversário das Falintil é um momento adequado para prestar homenagem ao líder máximo da Resistência e fundador de Timor-Leste independente, Kay Rala Xanana Gusmão, e manifestar-lhe o reconhecimento da nação", afirmou.

Taur Matan Ruak aproveitou o seu discurso para recordar muitos dos heróis das Falintil e da luta pela libertação de Timor-Leste, entre os quais "o saudoso proclamador" da independência, Xavier do Amaral e o primeiro comandante das Falintil, Nicolau Lobato.

"Abraço todos os participantes na Frente Armada, na Frente Clandestina e na Frente Diplomática. Foi a sua coragem e o trabalho conjunto que tornou possível trazer a Nação à vitória e assegurar a sobrevivência da nossa comunidade, cultura e tradições", disse o chefe de Estado.

"Muitos continuam a trabalhar ainda para reforçarem Timor-Leste", disse, referindo-se a José Ramos-Horta, Mari Alkatiri e Francisco Lu-O'lo.

Especialmente aplaudidas as referências aos "muitos heróis e mártires" que perderam a vida na luta pela independência, entre eles Ma'hudu, Nino Konis Santana, David Alex Daitula e Ular, entre outros, e os outros ainda vivos, Lere Anan Timur, Ma'hunu, Sabika, Aluk Descartes, Falur Rate Laek, Trix, Maunana, Maubuti, Maukalo "que trabalham para defender a soberania nacional e a estabilidade".

O chefe de Estado relembrou ainda o papel "decisivo" dos "heróis desconhecidos", militares e civis "que tombaram pela liberdade da terra amada de Timor", incluindo membros "que tombaram nas violentas ofensivas contra as bases de apoio e outros combates sangrentos, durante os anos 80 e 90" da década passada.

"O êxito das Falintil deveu-se a todos. Todas as famílias timorenses fizeram sacrifícios. Quase todas perderam entes queridos. Quase todos os filhos de Timor enfrentaram perigos e ajudaram a fazer a história que nos trouxe à Restauração da Independência", disse.

"Foi o trabalho silencioso de milhares e milhares de heróis desconhecidos, em unidade com os líderes, que ajudou a conquistar a vitória das Falintil e da Nação", afirmou.
 

 
 

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