Os funcionários das empresas Guiné Telecom e Guinetel
ameaçaram nesta segunda-feira fazer greve e fechar as portas ao director
das duas companhias, Carolino dos Reis, se o governo de transição não
substituir a administração.
Em carta dirigida ao primeiro-ministro de transição, Rui Duarte
Barros, e à qual a Lusa teve acesso, os funcionários da Guiné Telecom
(telefones fixos) e Guinetel (telemóveis) ameaçam não deixar Carolino
dos Reis entrar na sede das duas empresas e admitem paralisar toda a
actividade por tempo indeterminado.
“Se o Governo publicar até terça-feira o
despacho de exoneração do director-geral, podemos voltar atrás, caso
contrário, vamos impedi-lo de entrar nesta casa a partir de
quarta-feira”, disse Bicoliof Sanhá, porta-voz do sindicato de base dos
trabalhadores das duas empresas.
“Se este director não for substituído, as duas empresas estão
condenadas a uma morte lenta”, defendeu Bicoliof Sanhá, enumerando um
conjunto de alegadas irregularidades na gestão das duas companhias
detidas maioritariamente pelo Estado guineense.
Confrontando pela agência Lusa com as acusações, Carolino dos Reis
disse que algumas das reivindicações estão a ser resolvidas em sede
própria e outras, como os salários em atraso, já estão ultrapassadas.
“Desde sexta-feira, todos os funcionários das duas empresas têm nas
respectivas contas bancárias os salários que estavam em atraso”, cinco
meses no caso dos funcionários da Guiné Telecom e quatro na Guinetel,
observou o director-geral das duas empresas.
(in: Lusa)
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