O Governo de transição da Guiné-Bissau e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) relançaram hoje o Programa Nacional de Investimento Agrícola com o qual o país quer dar de comer a toda a população.
"A Guiné-Bissau pode alimentar todos os guineenses", destacou
Rui Fonseca, um dos representantes da FAO no país, na cerimónia de
relançamento do programa criado em 2010.
O país "tem condições naturais, organizacionais e técnicas" para ser
autossuficiente, desde que se conjuguem "os apoios da comunidade
internacional, uma forte vontade do Governo" e o cumprimento de
recomendações internacionais.
Rui Fonseca aponta como exemplo a necessidade de 10 por cento do
Orçamento Geral do Estado ser reservado para a agricultura para fomentar
a confiança no setor.
"A Guiné-Bissau já exportou arroz", principal alimento dos
guineenses, recorda Rui Fonseca, que acredita ser possível semear
prosperidade nos campos, em vez de se pedir ajuda alimentar
internacional, como atualmente acontece.
O ateliê de relançamento do Programa Nacional de Investimento
Agrícola reuniu hoje em Bissau todas as entidades envolvidas para afinar
os detalhes do guião a seguir em conjunto até 2017.
Rui Duarte Barros, primeiro-ministro de transição da Guiné-Bissau,
disse acreditar que os passos a definir vão servir para resolver os
problemas de "fome, malnutrição e pobreza".
O programa, tal como elaborado em novembro de 2010, tinha um
orçamento de cerca 153 mil milhões de francos CFA (cerca de 233 milhões
de euros).
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