Um total de 15 dirigentes do PAIGC na região de Bafatá, Guiné-Bissau, terão sido agredidos na última madrugada por pessoas não identificadas, denunciou hoje o presidente do partido, Domingos Simões Pereira.
O dirigente falava em crioulo após votar no bairro da Santa Luzia para a segunda volta das eleições presidenciais.
A denúncia junta-se a outras queixas de intimidação em dia de votação divulgadas por José Mário Vaz, candidato a presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Segundo Domingos Simões Pereira foi convocada com caráter de urgência uma reunião para analisar a situação e tornar pública a posição do PAIGC face aos incidentes que, afirmou, não poderão pôr em causa a democracia.
Fontes contatadas pela Lusa em Bafatá, 150 quilómetros a leste de Bissau, disseram que os agressores se faziam transportar em viaturas sem matrículas e estavam munidos de armas automáticas do exército guineense.
Segundo as mesmas fontes, parte das pessoas agredidas tiveram que receber tratamento hospitalar.
O candidato apoiado pelo PAIGC para a presidência da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, denunciou também hoje outros alegados atos de intimidação.
O candidato falava depois de votar pelas 10:20 (11:20 em Lisboa) numa das mesas instaladas no Jardim Teresa Badinca, em Bissau.
Rodeado de fortes medidas de segurança com elementos da polícia guineense e da Ecomib (contingente militar da Africa Ocidental), Mário Vaz disse estar na posse de informações de alegados aCtos de intimidação um pouco por todo país.
Instado a esclarecer quem são os autores, José Mário Vaz respondeu que não lhe interessa saber de quem se trata, mas apenas apelar à serenidade dos eleitores que devem ir votar.
"A situação é extremamente grave", referiu, apontando como exemplo uma tentativa de assalto em Bissau à casa do seu director nacional da campanha, Baciro Djá, um dos vice-presidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
José Mário Vaz enalteceu a pronta intervenção das forças de segurança para evitar o pior.
Para José Mário Vaz, tudo o que se pretende neste momento é "instalar a paz definitiva" na Guiné-Bissau, situação que "alguns insistem em não querer", afirmou.
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