A Guiné-Bissau pretende enviar uma equipa a um dos países afectados pela epidemia para “ter a noção de como lidar” com o ébola. A garantia foi dada à RFI por Nicolau Almeida, director-geral da Prevenção e Promoção da Saúde na Guiné-Bissau.
O Primeiro-Ministro guineense, Domingos Simões Pereira, prometeu financiar o plano de contingência contra o vírus do ébola, no valor de 760 mil dólares, mas a ajuda financeira ainda não chegou, disse à RFI Nicolau Almeida, director-geral da Prevenção e Promoção da Saúde na Guiné-Bissau.
Para já as autoridades distribuíram kits de protecção para as regiões fronteiriças com a Guiné-Conacri – uma das mais afectadas pela epidemia – e formaram técnicos para essas regiões. Por outro lado, está-se a criar uma equipa de resposta rápida e a preparar uma visita a um dos países em que haja a epidemia. “Nunca lidámos com essa doença e pretendemos ter a noção de como lidar”, declarou Nicolau Almeida, garantindo que a viagem não representa nenhum risco.
De acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde, a epidemia matou quase mil pessoas desde o início do ano, essencialmente na Guiné-Conacri, na Libéria e na Serra Leoa, tendo-se alastrado recentemente à Nigéria.
Hoje a Libéria colocou uma terceira província de quarentena (Lofa, no norte), depois das províncias de Bomi e Grand Cape Mount, no oeste. As medidas surgiram na sequência da declaração do estado de emergência, a 6 de Agosto, para travar a progressão da epidemia.
O estado de emergência também está em vigor na Serra Leoa e na Nigéria. A Guiné-Conacri anunciou ter tomado medidas para controlar os movimentos transfronteiriços.
O Níger, que não registou nenhum caso, activou hoje um plano de emergência contra a epidemia. A medida custa cerca de 180 mil euros e visa reforçar a vigilância nos aeroportos, nos postos de fronteira, nas estações rodoviárias e, ainda, controlos reforçados na importação de carnes de animais selvagens.
Também a Costa do Marfim, onde não foi registado nenhum caso, suspendeu os voos com os países afectados, incluindo as vizinhos Libéria e Guiné-Conacri.
Esta segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde juntou especialistas para debater a eventual utilização de tratamentos experimentais contra o vírus, como o que está a ser administrado em dois norte-americanos infectados.
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