A barragem hidroeléctrica, em construção na vila de Kaleta, na Guiné-Conacri e que entra em funcionamento no primeiro semestre de 2015, vai cobrir 30 à 40 por cento das necessidades globais da Guiné-Bissau em termos da energia elétrica.
A afirmação é do Ponto Focal no país da Organização para o Aproveitamento do Rio Gâmbia (OMVG) feita na abertura hoje de um Atelier Nacional de Validação do Plano Ambiental e Social do referido projecto.
Inussa Baldé sublinhou que a Guiné-Bissau deve estar preparada para possuir, a tempo, as infraestruturas de acolhimento de distribuição e redistribuição da corrente elétrica proveniente dessa barragem.
“A título de exemplo, vocês viram que toda a ligação dos cabos elétricos que estavam em Bafatá foram danificados. Quer dizer que esta energia vai entrar no país em alta tensão e terá que ser transformada para distribuir aos clientes”, esclareceu.
Aquele responsável afirmou que mesmo a capital Bissau tem problemas de rede de distribuição da energia eléctrica.
Informou que a União Europeia tem uma verba para financiar um projecto do melhoramento dos cabos da energia em Bissau.
Perguntado sobre o que o país poderá ganhar com a energia a ser fornecida pela barragem de Kaleta, Inussa Baldé respondeu que as necessidades em termos da energia, dependem do clima de investimentos.
“A energia nunca é suficiente para um país porque há parte que vai para o consumo doméstico, industrias, turismo, a exploração mineira entre outras. Quer dizer que as necessidades são enormíssimas”, explicou.
O Ponto Focal da OMVG na Guiné-Bissau disse que a outra vantagem do projecto é que vai ligar o pais à outras zonas energéticas de África, acrescentando que com a sua entrada em funcionamento vamos ter empresas a operar no sector da energia e que injectam correntes eléctricas de outros países para comercializar aqui a preços mais competitivos.
“Para mim, a vantagem maior desse projecto não é apenas o fornecimento de energia, mas sim de podermos estar conectados com outras redes energéticas em qualquer parte da sub-região africana”, informou.
Inussa Baldé frisou que uma pessoa pode estar aqui no pais e se não pretende utilizar a energia da Empresa de Electricidade e Aguas da Guiné-Bissau (EAGB), que para ele não tem qualidade ou tem um custo elevado e se está aqui um outro grupo concorrente a pessoa pode simplesmente assinar o contrato com a referida empresa.
Baldé declarou que a energia a ser fornecida pela barragem de Kaleta vai custar 32 francos CFA por quilowatts, frisando que actualmente a energia da EAGB custa mais de 300 francos CFA.
“Com a entrada em funcionamento da barragem de Kaleta, a Guiné-Bissau vai poupar anualmente cerca de 13 biliões de francos CFA montante que é gasto na compra de combustíveis para a Central Eléctrica”, sublinhou.
Disse que na Guiné-Bissau vão ser instalados 209 quilómetros de cabos desde as povoações de Saltinho, Bambadinca, Bafatá, Mansoa, passando por Farim, Tanaf passando pelo Senegal e Gâmbia.
(fonte: ang)
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