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Joseph Pulitzer

sábado, 23 de agosto de 2014

Ébola leva Costa do Marfim a fechar fronteiras

Assim como outros países da África Ocidental, marfinenses querem evitar entrada de pacientes do ebola da Guiné e Libéria. Serra Leoa aprova lei que prevê detenção de quem esconder doentes das autoridades.


O aumento diário de número de contaminações e de mortes continua espalhando pânico pela África Ocidental. Neste sábado (23/08), a Costa do Marfim fechou suas fronteiras terrestres com os vizinhos Guiné e Libéria, seriamente atingidos pelo vírus letal.

A medida segue uma tendência entre os países africanos próximos da região afetada pela epidemia. Durante a semana, a companhia aérea queniana Kenya Airways cancelou seus voos para a Libéria e Serra Leoa. Camarões fechou a fronteira com a Nigéria. A própria Costa do Marfim já havia proibido o trânsito em suas águas de navios vindos de nações com registros de ebola.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou nesta sexta-feira os números do ebola, com o registro de 142 novos pacientes. Até agora, 2.615 foram infectadas pelo vírus, das quais 1.427 morreram.

Dois alarmantes novos casos de ebola foram registrados na Nigéria, elevando para 16 o número contaminados no país. Eles chamam a atenção por evidenciarem uma ampliação do círculo de pessoas contaminadas pelos assistentes que trataram um passageiro infectado pelo ebola, desembarcado em julho em Lagos.

Patrick Sawyer chegou doente à metrópole nigeriana após ter passado pela Libéria – o país mais afetado pelo vírus até agora, com 1.082 infectados e 624 mortes. Os dois assistentes que trataram de Sawyer, um homem e uma mulher, morreram. Os dois novos infectados são seus cônjuges.

Lei obriga registo


A fim de garantir o registro e o acompanhamento de todos os casos de ebola no país, o governo de Serra Leoa aprovou uma lei que permite a prisão de quem tentar esconder vítimas do vírus. Essa prática, segundo a OMS, pode ter levado a que se subestimasse seriamente as dimensões do atual surto na região.

A nova lei, uma reedição do Ato de Saúde Pública de 1960, foi aprovada na sexta-feira e prevê detenção de até dois anos a quem violá-la. O deputado Ansumana Jaiah Kaikai explicou que o objetivo é compelir a população a colaborar com os agentes públicos.

Kaikai conta que muitos moradores têm resistido às medidas para conter o avanço da doença no país, entre elas, a construção de centros de isolamento nas comunidades. Serra Leoa vem sendo fortemente atingida pelo recente surto, tendo registrado, até agora, 910 casos e 392 mortes, segundo a OMS.
 
(in: dw)
 
 
 
 

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