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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Hospital na rota do vírus sem condições para enfrentar o surto

Um hospital regional, na ponta noroeste do mapa do Ébola, está sem fatos de proteção, nem sala de isolamento para enfrentar o vírus, disse à agência Lusa um dos diretores da unidade.


“Não há fatos” e “não há sala de isolamento, mas se aparecer um doente preparamos-lhe um espaço até sair para um centro de tratamento” em Conacri, referiu M´famsoumane Soumh, director-geral adjunto do hospital de Boké, na Guiné-Conacri.

A capital fica a trezentos quilómetros a sul, para norte só há floresta e a estrada para a Guiné-Bissau, cuja fronteira fica a 115 quilómetros.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já detectou pelo menos um caso de ébola nesta circunscrição de Boké e outros em zonas vizinhas desde maio.

M´famsoumane Soumh desconhece o registo da OMS e considera que o essencial é que a população pratique a higiene básica para prevenir a doença.

“Lavar as mãos com frequência, com cloro ou outro desinfectante” é o cuidado que Adiatu Camará e várias outras pessoas dizem seguir, questionadas pela agência Lusa no mercado de Boké.

“Mas como é que pode haver higiene com tanto lixo aqui espalhado”, perguntou Mussa Keita, também no mercado.

A azáfama é grande, a vida faz-se sem sobressaltos e o Ébola é apenas mais uma preocupação do dia-a-dia a juntar-se a tantas outras num país subdesenvolvido.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, pediu hoje à comunidade internacional que ajude os países afectados a combater a epidemia de Ébola, a pior em quatro décadas.

Em conferência de imprensa, Chan afirmou que os países da África Ocidental mais atingidos pela epidemia - Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria - "não têm meios para responderem sozinhos" à doença e pediu "à comunidade internacional que forneça o apoio necessário".


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