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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Simões Pereira sai reforçado das reuniões dos órgãos do PAIGC

O Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), igualmente Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, saiu reforçado das três reuniões dos órgãos do seu partido, que este fim-de-semana, 20 e 21 de Junho, dominaram a agenda da formação política.


Uma reunião que resultou na substituição do Secretário Nacional, Abel da Silva, depois de Simões Pereira lhe ter retirado a confiança política. As reuniões ocorreram num ambiente de muitas crispações políticas no seio do partido, mas culminaram com divergências sanadas.

As três reuniões dos importantes órgãos do PAIGC aconteceram numa altura em que se assistiu uma larga desconfiança e disputa política, opondo os três titulares dos órgãos de soberania, igualmente altos dirigentes do partido, nomeadamente o Presidente da República, da Assembleia Nacional Popular (ANP) e o Primeiro-ministro. Este cenário incidiu muito no tenso ambiente que dominou todas reuniões.

«O presidente do PAIGC saiu reforçado, do ponto de vista político, através de manifestos apoios da maioria dos membros destes importantes órgãos partidários, a Comissão Permanente, o Bureau Político e o Comité Central», disse uma fonte partidária. Um dado adquirido é que o Domingos Simões Pereira tem agora «carta branca» para proceder à tão esperada e exigida remodelação governamental.

O ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Baciro Djá, que durante a efervescente reunião do Comité Central, depois de não ter resistido a severas críticas que lhe foram dirigidas, manifestou desde já o desinteresse em continuar no Governo. Uma posição forçada e baseada no facto de um dos vice-Presidentes do PAIGC ser considerado como uma figura perversa no relacionamento com o Chefe do Governo.

Com críticas abertas, os membros do Comité Central não pouparam o Presidente da República, uma das figuras do partido, que observando a Constituição da República não podia estar na reunião, assim como o Presidente da ANP e o Chefe do Governo.

Este último, cuja crítica foi na direcção positiva, consideram os libertadores, deve ser mais contundente e firme nas suas decisões para salvar os princípios traçados pelo PAIGC na sua dinâmica de governação, isto numa clara referência às investidas politicas de que tem sido alvo por parte de José Mário Vaz.

«Domingos Simões Pereira é o Presidente do PAIGC e merece todo o respeito como tal», dizia um dirigente dos libertadores, para quem não há nenhum argumento que possa sustentar uma eventual demissão do Governo.


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