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Joseph Pulitzer

sábado, 26 de setembro de 2015

Jovem cabo-verdiana distinguida em escola de Oxford

Yacine Fernandes, cabo-verdiana, 18 anos, acaba de ser distinguida como a melhor aluna num grupo de 104 estudantes durante um curso de preparação para a universidade, numa escola da cidade de Oxford, na Inglaterra. Nesse colectivo, formado por estudantes de vários países e de todos os continentes, Yacine destacou-se com a melhor nota. O rumo agora é Exeter, cidade onde começará a licenciatura em Ciências Médicas.


Foi a 21 de Agosto último, durante uma cerimónia entre professores e alunos, que Yacine Fernandes foi contemplada com a notícia de que tinha sido distinguida como a melhor aluna da sua escola, em Oxford (na Inglaterra). “Foi uma surpresa porque eu e os meus colegas estávamos apenas preparados para comemorar”, conta.

Ao todo eram 104 alunos, oriundos de 53 países, entre as quais Coreia do Sul, Qatar, China, Argélia, Angola, Bélgica, Pérsia, Rússia, Itália, Mali, Nigéria e Japão, isto é, “a diversidade era enorme”, salienta a estudante.

Yacine Fernandes, que agora segue para Exeter, onde se vai licenciar em ciências médicas, conta que os primeiros seis meses de preparação na EF International School of English, de Oxford, tiveram foco em técnicas de pesquisa, conhecimento da língua, física, biologia, matemática e química, tendo sido “essenciais para a preparação para os próximos anos”, pois “a adaptação em universidades estrangeiras não é um processo fácil”.

Para o pai, a notícia foi recebida com “muito orgulho”. António “Boinho” Fernandes, investidor em mercado de capitais, revela que esta não é a primeira vez que a filha recebe títulos do género. “No Brasil, onde estudou do primeiro ao sétimo ano, ela sempre se destacou, sempre foi agraciada com várias felicitações por professores e colegas, além de prémios. Depois, em Cabo Verde, também foi sempre a melhor aluna das suas classes na Escola Miraflores, onde concluiu o ensino secundário”, conta o pai orgulhoso.

COMO TUDO COMEÇOU…

Boinho explica que a filha entrou na EF International School of English, de Oxford, escola de preparação que recruta e prepara alunos do mundo inteiro, num período pré-universitário, que vai dos seis aos oito meses, através de um colégio de Verão, em Portugal, responsável por seleccionar alunos do Ocidente. Depois de inscrita, Yacine teve de passar por um teste de acesso em Dakar, Senegal, no qual conseguiu a nota de 7.5, em nove valores, tendo, posteriormente, seguido para essa escola de Oxford.

O pai conta ainda que a filha chegou com vinte dias de atraso, tendo as aulas já iniciado, mas que, devido à sua “forte capacidade de adaptação”, logo se integrou, não tendo sido em nada prejudicada pelo atraso, “e essa distinção é a prova disso”.

CRITÉRIOS DE SELECÇÃO


A estudante revela que os critérios que a levaram a vencer o título foram vários, tendo passado em todos: “Basearam-se na assiduidade, participação em classe e actividades, interesse e resultados dos exames e projectos. Eu nunca faltei às aulas, tentei partilhar o que sabia e dei o meu máximo para entregar bons trabalhos. É bom saber que após todos os esforços feitos e tentativas de adaptação, consegui atingir os meus objectivos e tirar o máximo proveito dessa oportunidade”, diz.

Agora, o próximo passo será seguir para Exeter, onde conta licenciar-se em ciências médicas, e mais tarde um mestrado e um doutoramento, e “passar por todas as fases até concluir a sua formação com êxito e sucesso absoluto”, diz emocionado o pai que revela o desejo, sempre presente, da filha em estudar nas melhores escolas do mundo.

Yacine Fernandes conta que o mais importante desta distinção foi o que aprendeu ao longo desse tempo. “Ao termos um objectivo em mente e trabalharmos para o atingir, todos os esforços serão recompensados”, refere.

Por ora, diz a jovem cabo-verdiana, pretende continuar a esforçar-se para “aprender e obter o conhecimento necessário” por forma a exercer a profissão que escolheu, enfim, “amadurecer, aprender a ter mais perseverança e dar valor aos frutos do bom trabalho”.

Finaliza dizendo que este prémio não é só para si, mas também para Cabo Verde, “especialmente porque irá incentivar outros cabo-verdianos a trabalharem para conseguirem se destacar, também”, o que a faria “muito feliz”.
 
 
 
 

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