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terça-feira, 15 de setembro de 2015

PM deposto acredita na "devolução do poder" ao seu partido

Domingos Simões Pereira, que se tinha deslocado ao Senegal e à Guiné-Conacri para contactos com os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), disse ter esta "convicção" a partir das indicações que recebeu nesses países.


"Estou muito confiante e seguro de que a ordem constitucional será respeitada. Penso que a nossa presença à margem da cimeira que teve lugar em Dacar foi muito importante porque permitiu que os chefes de Estado tivessem a devida informação do que se passa no terreno", notou Domingos Simões Pereira.

Segundo o ex-primeiro-ministro, a sua presença no Senegal permitiu transmitir aos líderes da CEDEAO "as decisões importantes tomadas por varias instâncias" guineenses sobre a crise no país, nomeadamente pelo Supremo Tribunal de Justiça.

O órgão judicial ordenou ao chefe de Estado guineense que devolva o direito ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para que indique o nome do novo primeiro-ministro.
O PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira, venceu as últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau com uma maioria absoluta, daí a Constituição do país prever que é este partido que deve indicar o primeiro-ministro.

"Os chefes de Estado (da CEDEAO) reafirmaram a sua convicção de que a solução será encontrada pela via do diálogo, mas tem que ter um pressuposto que é fundamental, que é o respeito pela ordem constitucional e pelas leis da Guiné-Bissau", sublinhou Simões Pereira.

Questionado sobre o facto de ter viajado de Dacar para Bissau no mesmo avião com o antigo presidente da Nigeria, Olesegun Obasanjo, nomeado mediador da crise guineense pela CEDEAO, Domingos Simões Pereira disse que tal se deveu "apenas a razoes logísticas".

O líder do PAIGC disse ter-se encontrado em Dacar com o Presidente daquele país, Macky Sall, e de lá seguiu para Conacri, onde se reuniu com o Presidente Alpha Condé.

A este, disse ter assegurado "nunca ter desrespeitado" o Presidente da Guiné-Bissau.
Sobre se mantém a disponibilidade para liderar um novo Governo, já que é o líder do PAIGC, Simões Pereira disse que essa questão deve ser analisada nos órgãos internos do partido.


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