A passagem do 80º aniversário do ex-presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, vai ser assinalada com um vasto programa que traz ao arquipélago várias personalidades ligadas à política, à diplomacia, à cultura e ao empresariado internacionais.
O 80º aniversário do ex-presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, vai ser assinalado com um vasto pograma que traz ao arquipélago várias personalidades ligadas à política, à diplomacia, à cultura e ao empresariado internacionais, apurou a PANA na cidade da Praia.
Da lista de convidados constam personalidades como os ex-Presidentes da Nigéria, Olusegun Obasanjo; da África do Sul, Thabo Mbeki; de Timor-Leste e atual representante especial da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta; o ministro de Estado do Senegal Abdoulaye Bathily; o ex-presidente da Assembleia da República portuguesa, António de Almeida Santos; e o antigo vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Óscar Oramas.
O magnata sudanês Mo Ibrahim, fundador da fundação com o mesmo nome que, em 2011, distinguiu Pedro Pires com o prémio de melhor líder africano, é também um dos convidados, a par da diretora do Banco Mundial para a África Ocidental, Vera Songwe.
O político senegalês Landing Savané, várias vezes candidato às eleições presidenciais e ex-ministro de Estado; e o antigo primeiro-ministro de Angola, Lopo do Nascimento; figuram igualmente na lista dos convidados que irão participar nas diversas conferências programadas.
De acordo com a uma fonte do Instituto Pedro Pires para Liderança (IPP), a coincidir com a cerimónia central da comemoração, que terá lugar a 03 de maio, será promovido um fórum sobre o tema "Cidadania e integração regional" com qual será inaugurado o ciclo anual de "Diálogos Estratégicos" previstos no plano de atividades.
"Mudanças Sociais e estabilidade em África" será o tema da conferência de abertura, que estará a cargo de Thabo Mbeki, refere a nota da institução de que o antigo Presidente cabo-verdiano é patrono
Salienta que se pretende com esta abordagem ter uma "melhor compreensão" da realidade africana, a partir de uma análise feita "de dentro e por quem tem desempenhado funções altamente relevantes" no "complexo processo de transformações sociais, económicas e culturais" na região.
Seguir-se-á o painel "Consciência social e integração regional: que papel para o cidadão?" que vai "explorar" a integração regional numa "perspetiva cidadã" e de "consciência social".
Este painel será moderado pelo juiz e vice-presidente do Tribunal de Justiça da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), o Cabo-verdiano Benfeito Mosso Ramos, sendo oradores Olusegun Obasanjo, Lopo do Nascimento, Landing Savané e Vera Songwe.
Da lista de convidados constam personalidades como os ex-Presidentes da Nigéria, Olusegun Obasanjo; da África do Sul, Thabo Mbeki; de Timor-Leste e atual representante especial da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta; o ministro de Estado do Senegal Abdoulaye Bathily; o ex-presidente da Assembleia da República portuguesa, António de Almeida Santos; e o antigo vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Óscar Oramas.
O magnata sudanês Mo Ibrahim, fundador da fundação com o mesmo nome que, em 2011, distinguiu Pedro Pires com o prémio de melhor líder africano, é também um dos convidados, a par da diretora do Banco Mundial para a África Ocidental, Vera Songwe.
O político senegalês Landing Savané, várias vezes candidato às eleições presidenciais e ex-ministro de Estado; e o antigo primeiro-ministro de Angola, Lopo do Nascimento; figuram igualmente na lista dos convidados que irão participar nas diversas conferências programadas.
De acordo com a uma fonte do Instituto Pedro Pires para Liderança (IPP), a coincidir com a cerimónia central da comemoração, que terá lugar a 03 de maio, será promovido um fórum sobre o tema "Cidadania e integração regional" com qual será inaugurado o ciclo anual de "Diálogos Estratégicos" previstos no plano de atividades.
"Mudanças Sociais e estabilidade em África" será o tema da conferência de abertura, que estará a cargo de Thabo Mbeki, refere a nota da institução de que o antigo Presidente cabo-verdiano é patrono
Salienta que se pretende com esta abordagem ter uma "melhor compreensão" da realidade africana, a partir de uma análise feita "de dentro e por quem tem desempenhado funções altamente relevantes" no "complexo processo de transformações sociais, económicas e culturais" na região.
Seguir-se-á o painel "Consciência social e integração regional: que papel para o cidadão?" que vai "explorar" a integração regional numa "perspetiva cidadã" e de "consciência social".
Este painel será moderado pelo juiz e vice-presidente do Tribunal de Justiça da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), o Cabo-verdiano Benfeito Mosso Ramos, sendo oradores Olusegun Obasanjo, Lopo do Nascimento, Landing Savané e Vera Songwe.
Pedro Pires; prémio Ibrahim 2011 |
A homenagem a Pedro Pires e o reconhecimento da sua obra "a bem de Cabo Verde, de África e da humanidade", fica sob a responsabilidade de intervenientes como António de Almeida Santos, Óscar Oramas, o fundador da "Fundação Mo Ibrahim" e o combatente da Liberdade da Pátria, comandante Olívio Pires.
O fórum culminará com um momento musical, abrilhantado por artistas nacionais como Albertino Évora, Jennifer Soledad, Mayra Andrade, Michael Montrond, Teresinha Araújo e Zeca di Nha Reinalda.
Do seu nome completo Pedro Verona Rodrigues Pires, o antigo chefe de Estado cabo-verdiano nasceu a 29 de abril de 1934 na cidade de São Filipe, na ilha do Fogo.
Depois de completar os estudos secundários em São Vicente, no então único liceu existente, Pedro Pires ingressou na Universidade de Lisboa onde se encontrou com alguns dos futuros líderes dos movimentos de libertação que lutaram pela independência das colónias portuguesas.
Aderiu ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), liderado por Amílcar Cabral, no início da década de 60, tendo de seguida deixado Portugal para participar na luta armada pela independência da Guiné e Cabo Verde onde foi um dos mais renomados combatentes militares.
Com a revolução do 25 de abril que derrubou o regime colonial português, Pedro Pires foi um dos representantes do PAIGC nas negociações com Portugal para o reconhecimento, de facto, da independência da Guiné-Bissau, declarada unilateralmente a 24 de setembro de 1973.
Pedro Pires assinou, em nome do PAIGC, os acordos de Argel que levaram Cabo Verde à independência, em julho de 1975, cerca de ano e meio depois do reconhecimento por Portugal da independência da Guiné-Bissau a 10 de setembro de 1974.
Depois da Declaração de Independência de Cabo Verde em 5 de julho de 1975, foi designado primeiro-ministro do primeiro Governo da República de Cabo Verde, ao lado do Presidente da República, Aristides Pereira, que tinha fundado o PAIGC com Amílcar Cabral.
Pedro Pires manteve-se no cargo de primeiro-ministro até 1991, quando, por sua iniciativa, foi introduzido o sistema multipartidário no país.
Depois de perder as eleições de 13 de janeiro de 1991 para o Movimento pela Democracia (MpD), Pedro Pires ocupou-se da liderança do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) que só voltaria ao poder 10 anos depois, em 2001.
Foi nesse ano que concorreu ao cargo de Presidente da República tendo saído vencedor por uma estreita margem (12 votos) sobre o primeiro líder do MpD (Movimento para a Democracia), Carlos Veiga.
Cinco anos depois, Pedro Pires foi reeleito para a chefia de Estado depois de vencer novamente o candidato do MpD, Carlos Veiga.
Findo o segundo mandato, Pedro Pires retirou-se da política ativa para se dedicar a "escrever as memórias". A este propósito, o primeiro livro sobre os discursos proferidos enquanto chefe de Estado, será dado a estampa a 29 deste mês.
Em 2011, foi galardoado com o Prémio Mo Ibrahim de boa governação, em reconhecimento da sua "visão" de transformar Cabo Verde num "modelo de democracia".
Além de presidente da Fundação Amílcar Cabral, lidera também o Instituto Pedro Pires, um centro de pesquisa e de intercâmbio internacional para promover ideias, políticas e práticas visando encontrar respostas para os desafios de Cabo Verde e de África em áreas como Pensamento Estratégico, Governação e Liderança.
O fórum culminará com um momento musical, abrilhantado por artistas nacionais como Albertino Évora, Jennifer Soledad, Mayra Andrade, Michael Montrond, Teresinha Araújo e Zeca di Nha Reinalda.
Do seu nome completo Pedro Verona Rodrigues Pires, o antigo chefe de Estado cabo-verdiano nasceu a 29 de abril de 1934 na cidade de São Filipe, na ilha do Fogo.
Depois de completar os estudos secundários em São Vicente, no então único liceu existente, Pedro Pires ingressou na Universidade de Lisboa onde se encontrou com alguns dos futuros líderes dos movimentos de libertação que lutaram pela independência das colónias portuguesas.
Aderiu ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), liderado por Amílcar Cabral, no início da década de 60, tendo de seguida deixado Portugal para participar na luta armada pela independência da Guiné e Cabo Verde onde foi um dos mais renomados combatentes militares.
Com a revolução do 25 de abril que derrubou o regime colonial português, Pedro Pires foi um dos representantes do PAIGC nas negociações com Portugal para o reconhecimento, de facto, da independência da Guiné-Bissau, declarada unilateralmente a 24 de setembro de 1973.
Pedro Pires assinou, em nome do PAIGC, os acordos de Argel que levaram Cabo Verde à independência, em julho de 1975, cerca de ano e meio depois do reconhecimento por Portugal da independência da Guiné-Bissau a 10 de setembro de 1974.
Depois da Declaração de Independência de Cabo Verde em 5 de julho de 1975, foi designado primeiro-ministro do primeiro Governo da República de Cabo Verde, ao lado do Presidente da República, Aristides Pereira, que tinha fundado o PAIGC com Amílcar Cabral.
Pedro Pires manteve-se no cargo de primeiro-ministro até 1991, quando, por sua iniciativa, foi introduzido o sistema multipartidário no país.
Depois de perder as eleições de 13 de janeiro de 1991 para o Movimento pela Democracia (MpD), Pedro Pires ocupou-se da liderança do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) que só voltaria ao poder 10 anos depois, em 2001.
Foi nesse ano que concorreu ao cargo de Presidente da República tendo saído vencedor por uma estreita margem (12 votos) sobre o primeiro líder do MpD (Movimento para a Democracia), Carlos Veiga.
Cinco anos depois, Pedro Pires foi reeleito para a chefia de Estado depois de vencer novamente o candidato do MpD, Carlos Veiga.
Findo o segundo mandato, Pedro Pires retirou-se da política ativa para se dedicar a "escrever as memórias". A este propósito, o primeiro livro sobre os discursos proferidos enquanto chefe de Estado, será dado a estampa a 29 deste mês.
Em 2011, foi galardoado com o Prémio Mo Ibrahim de boa governação, em reconhecimento da sua "visão" de transformar Cabo Verde num "modelo de democracia".
Além de presidente da Fundação Amílcar Cabral, lidera também o Instituto Pedro Pires, um centro de pesquisa e de intercâmbio internacional para promover ideias, políticas e práticas visando encontrar respostas para os desafios de Cabo Verde e de África em áreas como Pensamento Estratégico, Governação e Liderança.
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