Nota do editor c/ devida vénia ao autor do texto.
Todos sabemos que “o caminho faz-se caminhando” assim como há também outros “caminhos” que são irreversíveis.
Face aos resultados eleitorais até agora conhecidos, independentemente dos que resultem da eleição do Presidente da República, é suposto que principalmente os guineenses e a comunidade internacional, esperem e tenham legitimas expectativas que os respectivos vencedores deste desfecho do golpe reaccionário de 12 Abril que atentou contra todo o povo, venham a desempenhar um papel decisivo, coerente e capacitado de conduzir o país ao desenvolvimento social e económico, rompendo definitivamente com os obscurantismos de toda a ordem instituídos na GB como forma de manter o povo refém do seu próprio subdesenvolvimento.
As personalidades escolhidas do povo guineense por eleições democráticas têm um curriculum politico e profissional em várias instâncias, que lhes exigem que de igual forma sejam capazes de conduzir o país ao desenvolvimento e à elevação moral e afectiva do seu povo.
Antes que o povo guineense deixe desvanecer a sua capacidade pacificadora em beneficio dos que atentam contra os povos africanos.
(C.F. abr2014)
Todos sabemos que “o caminho faz-se caminhando” assim como há também outros “caminhos” que são irreversíveis.
Face aos resultados eleitorais até agora conhecidos, independentemente dos que resultem da eleição do Presidente da República, é suposto que principalmente os guineenses e a comunidade internacional, esperem e tenham legitimas expectativas que os respectivos vencedores deste desfecho do golpe reaccionário de 12 Abril que atentou contra todo o povo, venham a desempenhar um papel decisivo, coerente e capacitado de conduzir o país ao desenvolvimento social e económico, rompendo definitivamente com os obscurantismos de toda a ordem instituídos na GB como forma de manter o povo refém do seu próprio subdesenvolvimento.
As personalidades escolhidas do povo guineense por eleições democráticas têm um curriculum politico e profissional em várias instâncias, que lhes exigem que de igual forma sejam capazes de conduzir o país ao desenvolvimento e à elevação moral e afectiva do seu povo.
Antes que o povo guineense deixe desvanecer a sua capacidade pacificadora em beneficio dos que atentam contra os povos africanos.
(C.F. abr2014)
“Intervenção política na administração pública”
Contributos para reflexão
Colocarei,
preferencialmente, ênfase na discussão e contributos para uma
reflexão sobre o papel do Estado, governo, assembleia e presidência
da república na definição de políticas públicas para o País,
pois entendo que a fase de transição findou, ainda bem, e é
chegado o momento de inovar no discurso e no debate que se pretendem
para a Nação.
Este primeiro artigo,
desta nova série de artigos, referente às políticas públicas,
versa especificamente sobre a “intervenção
política na administração pública – contributos para reflexão”,
pois sabemos que uma administração pública paralisante
relativamente às ações dos indivíduos ou das organizações é,
naturalmente, uma administração que origina resultados sociais e
económicos negativos.
Na verdade, a
permanência do modelo atual, os seus constrangimentos, a ineficácia
crescente de insucessos contínuos de modelos de organização de
governo, em particular de organização interna de administrações
públicas, levou um conjunto de países à adoção de importantes
reflexões sobre o papel do Estado e a sua respetiva dimensão, do
que viria a ficar conhecido na literatura por “Reinvenção
do Setor Público”.
Alguns politólogos
reforçam a ideia da distinção entre Governo e administração,
referindo que não há que confundir a administração pública com o
poder executivo nem com os seus fins; o pressuposto é o de que as
instituições públicas são formalmente a “cabeça” do serviço
público no respeito pelos direitos e interesses legalmente
protegidos dos cidadãos; a administração pública visará, então,
a prossecução do interesse público. O grande debate centra-se
sobretudo na definição do que é o interesse público e de qual é
o papel do Estado, secundarizado (não lhe retirando importância) a
questão dos instrumentos de gestão.
No entanto, os
conceitos, governo e administração pública não são
indissociáveis. Por um lado, o Estado
define-se e ganha razão de ser na justa medida em que prossegue e
assegura valores/fins essenciais para a sociedade, tais como
segurança e defesa, justiça, educação e cultura, bem-estar
económico e bem-estar social e,
por outro lado, a administração
pública só encontra justificação como instrumento de realização
dos referidos fins do Estado,
desenvolvendo atividades substantivas, instrumentais e técnicas e
utilizando, para o efeito, recursos humanos, materiais e financeiros,
organizados em estruturas apropriadas.
Acrescento, ainda,
que a sociedade é o suporte da razão de ser do Estado e o recetor
último da atividade da administração pública, pese embora o facto
de em muitas circunstâncias a administração pública estar
altamente politizada numa relação centralizada pela completa
subordinação dos agentes administrativos às autoridades políticas.
No entanto, importa
ir ainda mais longe referindo que a administração pública é um
fator multidimensional que está presente no processo de decisão
política, intervindo ao nível da identificação dos problemas, do
encontro de soluções e na sua aplicação concreta. Ela é
detentora dos meios materiais, jurídicos e humanos necessários ao
exercício da autoridade e controlo das zonas de incerteza de que
depende o êxito da ação política.
Evidenciando as
componentes de articulação dos atores, realço um aspeto que tem a
ver com a delimitação das áreas de competência entre os políticos
e os técnicos. Essa delimitação é, por vezes, ambígua, havendo
zonas de interligação que dificultam qualquer análise,
considerando-se possíveis três situações:
- Negar aos técnicos a possibilidade de participar no processo de decisão política, o que, devido à vastidão de conhecimentos exigidos na civilização tecnológica, torna esta posição desacreditada e só possível em países pouco desenvolvidos;
- Considerar os políticos figuras do passado e admitir a sua substituição por técnicos, o que corresponde à substituição do governo de homens pela administração das coisas;
- Admitir uma certa participação do técnico num grau considerado aceitável, embora seja difícil a determinação precisa das formas de participação.
Contrariamente aos
políticos que têm uma ação limitada no tempo e estão sujeitos a
pressões diversas, a profissionalização, especialização e
estabilidade dos funcionários, onde se incluem os técnicos e
dirigentes, contribuem para que eles tenham algum poder na esfera
politica. Todavia, o peso que os funcionários detêm no processo de
decisão política depende de fatores estruturais e contextuais.
Entre os primeiros incluem-se: a posição que ocupam, a proximidade
dos centros de decisão, o controlo de fontes de informação
estratégica, a subtileza de atuação, etc., entre os segundos
contam-se as tradições nacionais e a conjuntura politica (a
instabilidade governamental aumenta o poder da função pública, a
pertença dos funcionários a partidos políticos e a grupos de
pressão, a sua estabilidade e saber, etc.).
Em linhas gerais, a
conceção da nova administração surge da necessidade de tornar o
funcionamento da administração pública mais profissional, mais
eficiente e mais sensível às condições e mudanças externas, mas
dentro de um contexto de uma administração pública democrática,
integrando os princípios da organização profissional na estrutura
organizativa de revalorização da tradição do serviço público.
Servindo-se desta
pequena abordagem sobre a intervenção política na administração
pública – contributos para reflexão, pretendo somente debater a
estrutura organizacional e as políticas públicas para este setor
que o próximo governo deverá ponderar face à cultura do poder
partidário, centralizador, controlador, burocrático e ineficiente
que é a nossa administração pública.
Sabemos de antemão
que existe, neste momento, uma liderança séria, motivadora e
responsável, vertida na qualidade do atual presidente do maior
partido guineense com maioria parlamentar na assembleia da república,
futuro primeiro-ministro guineense, atributos inegável da sua
competência e conhecimento sobre a matéria da governação e da
decisão política, que tudo fará para devolver dignidade e
idoneidade a este setor tão importante para a consolidação do
processo democrático da Nação.
Por último, e apenas
por uma questão de coerência e bom senso, partilho que este artigo
é meramente um documento de trabalho, carecendo o mesmo de
participação de todos os guineenses e amigos da Guiné que almejam
contribuir para uma Nação mais próspera e melhor organizada.
Lisboa, 24 de Abril
de 2014.
Luís Vicente
Técnico
Superior de Economia, Gestão e finanças
Pós-graduado
Especialista em Administração e Políticas Públicas
Referências
bibliográficas:
Bilhim,
João A. F. (1996), Teoria Organizacional – Estruturas e Pessoas.
Lisboa, ISCSP.
Cruz,
J. M. T. (2002 A reinvenção da função pública, da burocracia à
gestão, Lisboa, INA.
Cruz,
J. M. T. (2002), A influência dos funcionários no processo de
decisão política, Lisboa, INA
Montalvo,
António R. (1994), Revista de Administração Local, n.º 142, Julho
– Agosto.
Mozzicafreddo,
Juan, Salis Gomes e João Batista (org.) (2003), Ética e
Administração, Oeiras, Celta Editora.
Weber,
Max (s.d.), Fundamentos da Sociologia. 2ª Edição, Porto, Rés –
Editora.
Sem comentários:
Enviar um comentário