"A agricultura e a segurança alimentar são uma prioridade para África. Se atuarmos corretamente, existe potencial para nos ajudar a erradicar a pobreza e a fome numa geração e também para contribuir para a industrialização do continente" no que se refere ao processo agrícola, declarou a presidente da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini Zuma, na abertura da reunião de chefes de diplomacia que antecedeu a cimeira.
A responsável defendeu a análise de "ações específicas" entre os
países e regiões do continente para estimular negócios no setor da
agricultura, bem como "a renovação dos esforços na irrigação, no
desenvolvimento de sementes, (...) nos mercados, infraestruturas e
comércio".
Duplicar a produtividade no setor, conseguir um crescimento anual
sustentado do produto interno bruto agrícola de pelo menos seis por
cento e criar oportunidades de emprego na agricultura para 30 por cento
dos jovens são objetivos indicados pela UA.
A cimeira deve adotar uma Declaração sobre Crescimento da Agricultura e Objetivos até 2025.
Os chefes de Estado e de Governo da UA deverão ainda analisar
propostas de alterações em órgãos como o Parlamento Panafricano e o
Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos e discutir o projeto
de estatutos do Fundo Monetário Africano.
As situações de guerra na República Centro Africana e no Sudão do Sul
e os atos de terrorismo na Nigéria e no Quénia são outros dos assuntos a
abordar.
Entre os participantes na reunião encontram-se os presidentes de Cabo
Verde, Jorge Borges, de São Tomé, Manuel Pinto da Costa, e da
Guiné-Bissau, José Mário Vaz.
Bissau foi readmitido na UA a semana passada, depois de ter estado
suspenso devido ao golpe de Estado de abril de 2012 e na sequência de
eleições que marcaram o regresso à normalidade constitucional.
Dos restantes países lusófonos, Angola é representada pelo
vice-presidente, Manuel Vicente, e Moçambique pelo ministro dos Negócios
Estrangeiros, Oldemiro Baloi.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e Mariano Rajoy,
primeiro-ministro de Espanha, a antiga potência colonial da Guiné
Equatorial, estarão igualmente presentes na cimeira de Malabo.
Sem comentários:
Enviar um comentário