Ramos-Horta termina esta semana a sua missão em Bissau, regressando a Timor-Leste, e foi homenageado por mulheres do mercado de Caracol, Bissau, pelo seu trabalho de pacificação do país.
Falando para as vendedoras de rua (bideiras), Ramos-Horta,
emocionado, disse acreditar no futuro da Guiné-Bissau que disse ter tudo
para ser "um grande país" em África e no mundo se tiver paz e
estabilidade.
"Conto regressar aqui um dia porque há tudo para ser um grande país",
observou Ramos-Horta, sob vivas e palmas das mulheres feirantes.
Numa festa com música e danças populares da Guiné-Bissau no meio de
uma estrada no centro da capital, que foi cortada ao trânsito durante
mais de quatro horas, o representante da ONU disse ter a certeza de que
um dia "muitos países" irão pedir ajuda aos guineenses - invertendo o
cenário atual.
Agraciado com panos, fruta e artesanato guineense, Ramos-Horta
afirmou que "um dia" o seu país natal, Timor-Leste, que apoiou a
realização de eleições guineenses, "voltará aqui para pedir arroz".
"O vosso país tem todas as condições naturais para ajudar muita gente", destacou Ramos-Horta.
A festa de homenagem popular contou com as presenças do
primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, o primeiro-ministro
eleito, Domingos Simões Pereira, e ainda o chefe das Forças Armadas,
general António Indjai.
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