O REPRESENTANTE das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, exortou terça-feira as novas autoridades do país a acelerarem o processo de formação do governo na sequência das eleições legislativas de 13 de Abril.
Questionado pela agência Lusa sobre se tinha informações sobre o novo executivo guineense, a ser liderado por Domingos Simões Pereira, antigo secretário-executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Ramos-Horta disse nada saber.
“Não faço ideia, mas que não se arraste mais. As eleições legislativas foram em Abril e só hoje (terça-feira) é que o Parlamento tomou posse”, disse Ramos-Horta à margem da cerimónia de investidura dos novos deputados.
Para o representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, que deve terminar a missão e deixar o país no final desta semana, o processo de formação do novo executivo guineense “tem-se arrastado de forma desnecessária”.
“Quanto mais se demoram, entra-se no Verão na Europa e nos Estados Unidos, o que significa que só daqui a três meses é que a comunidade internacional vai reabrir o dossier da Guiné-Bissau”, observou Ramos-Horta.
O representante da ONU não tem dúvidas de que o país tem sido prejudicado com os atrasos da entrada em funções das novas autoridades eleitas.
Sobre a tarefa dos novos deputados, Ramos-Horta disse esperar que cumpram com o juramento feito de defender os interesses do povo e que promovam a democracia.
“É uma nova fase da vida da Guiné-Bissau que começa e está nas mãos dos deputados trabalharem para o país dar o salto que precisa”, disse Ramos-Horta que prometeu continuar a sensibilizar a comunidade internacional para não se esquecer dos guineenses.
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