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Excelências Chefes de Estado
Exmo Senhor Presidente da Assembleia Nacional Popular
Exmo Senhor Primeiro Ministro de Transição
Exmo Senhor Presidente do Supremo Tribunal de Justiça
Excelências Ex- Chefes de Estado e de Governo
Ilustres Deputados da Nação
Senhores Membros do Governo de Transição
Digníssimo Procurador Geral da República
Senhor Presidente do Tribunal de Contas
Minhas Senhoras e meus Senhores
Caras e Caros Guineenses
É com particular emoção que nos dirigimos a todos vós, compatriotas
no País e na diáspora, distintos convidados estrangeiros, por ocasião
deste simbólico e solene acto no qual acabo de ser investido no cargo de
Presidente da República da Guiné-Bissau.
Antes de mais, uma saudação especial os
Senhores Chefes de Estado e de Governo dos países amigos e irmãos, que
decidiram priorizar a sua participação nesta cerimónia, numa inequívoca
expressão de amizade e estima pelo Povo Guineense e em sinal de
excelentes relações entre a nossa Guiné-Bissau e os seus respectivos
países e povos.
Caros irmãos (permitam-me que assim vos trate), Chefes de Estado e de
Governo, a vossa presença, muito nos honra e é merecedora do nosso
maior apreço, pelo que vos expresso o nosso sentido obrigado por terem
anuído responder positivamente ao convite de connosco partilhar este
singular marco que assinala o fim do Período de Transição.
Aproveito o ensejo para igualmente agradecer a todos os familiares,
amigos, conhecidos, cidadãos anónimos que, directa ou indirectamente,
contribuíram para que me fosse dada esta oportunidade de colocar ao
serviço do povo guineense a minha determinação em contribuir para um
amanhã melhor.
É humanamente impossível e um dia inteiro não seria seguramente
suficiente para citar o nome de todos que abnegadamente me acompanharam
nesta caminhada.
Contudo, sei que compreenderão e certamente não levarão a mal que me
dirija a quatro deles aqui presentes. A Rosa, o Herson, a Acury e a
Ariana.
A Rosa, amiga e companheira de sempre, para além de ser detentora da
minha felicidade, é também detentora duma paciência rara, aliás é essa
virtude que explica o facto de ela me aturar a tantos anos.
Os outros três são a minha motivação, são eles a razão maior da esperança que me faz acreditar que os desafios valem a pena.
Mãe, filhos, obrigado pelo vosso amor e carinho, sem os quais o dia de hoje não seria possível.
Senhor Presidente da Assembleia Nacional Popular, Caros convidados, minhas senhoras e meus senhores
A alteração da ordem constitucional ocorrida em 2012, comummente
condenada por todos nós, obrigou a que fosse assumido um compromisso
político transitório que possibilitasse ao país e as suas instituições
democráticas, um retorno gradual e progressivo à normalidade
constitucional.
Durante esse período, houve necessidade de, em nome dos superiores
interesses do povo guineense, buscar consensos, esbater diferenças,
flexibilizar posições, ceder e abdicar de direitos e conquistas
legítimas, em suma, abandonar zonas de conforto formais para, com a
brevidade que as circunstâncias permitiam, forjar soluções pragmáticas
que devolvessem a palavra ao povo, a fim de se pronunciar, de forma
livre e democrática, quanto ao nosso destino colectivo.
Pese embora os constrangimentos que impediram com que muita coisa
pudesse ter sido feita de forma diferente, a circunstância de termos
realizado eleições legislativas e presidenciais com o sucesso que lhe
foi reconhecido pelos actores nacionais e pela comunidade internacional,
o facto de no passado dia 17 termos dado posse aos Deputados da Nação,
eleito a Mesa da Assembleia Nacional Popular e hoje investirmos o
Presidente da República, são testemunhos positivos do processo de
transição política que ora finda.
Se é verdade que o resultado alcançado é fruto do contributo
institucional e pessoal de cada um de nós (sociedade civil, sociedade
castrenses, partidos políticos, entidades religiosas e parceiros
internacionais), não é menos verdade que a transição política só foi
possível graças ao elevado sentido de Estado e a invulgar capacidade de
facilitar consensos de Manuel Serifo Nhamadjo, a quem publicamente
testemunho apreço e felicito pela humildade política de ter aceite
assumir as funções de Presidente da República de Transição e pela forma
inteligente com que geriu e conduziu politicamente o país, num dos
momento mais delicado da nossa história recente.
O tempo encarregar-se-á de fazer com que o povo da Guiné-Bissau e a Guiné-Bissau, lhe retribuam com gratidão o esforço empreendido a favor da paz e da estabilidade na Guiné-Bissau.
Minhas Senhoras e meus Senhores
Com este acto solene de investidura, acabamos de assumir o
compromisso de honra de liderar os destinos do heróico Povo Guineense
nos próximos cinco anos.
Queremos aproveitar esta oportunidade para saudar o nosso maravilhoso
Povo pelo elevado nível de civismo, de maturidade política e de
reiterado compromisso com a democracia multipartidária demonstrada ao
longo da campanha eleitoral e nos dias da votação.
Orgulhamo-nos de pertencer a um Povo com estas qualidades especiais,
um Povo com aguçada sabedoria e profunda visão. Este é um Povo que nos
inspira na nossa acção política, estrutura e corporiza a nossa visão de
uma Guiné-Bissau próspera e sempre unida.
Queremos reiterar, nesta ocasião, os compromissos que assumimos
durante a campanha eleitoral e com os quais nos apresentamos ao
veredicto do povo.
Desde logo, e em primeiro lugar, o compromisso solene de cumprir e
fazer cumprir a Constituição e demais leis da República da Guiné-Bissau.
Sr. Presidente da Assembleia Nacional Popular,
Senhores Deputados,
Caros Compatriotas,
Durante a campanha eleitoral, levamos ao eleitorado a mensagem da
nossa disponibilidade para liderar o maravilhoso Povo Guineense na luta
que trava contra a pobreza.
Ao fazermos da luta contra a pobreza o nosso estandarte eleitoral,
fomos para além da simples e óbvia constatação de que a pobreza é um
problema, um mal que flagela os guineenses, homens e mulheres, no campo e
na cidade.
Na digressão pelo País e na interacção com o nosso Povo,
diagnosticamos as causas deste confrangedor e degradante fenómeno e até
enfatizamos que tínhamos apenas duas escolhas: ou resignarmo-nos,
assumindo que a pobreza é um mal invencível, ou armarmo-nos da nossa
auto-estima e lutar para a fazer recuar até passar à História.
Articulamos, acima de tudo, certezas de que um Povo com um palmarés
de vitórias como o nosso, estaria em condições de continuar a usar
criativamente o seu génio e as suas mãos para vencer este mal.
Aliás, e contrariamente ao que à primeira vista pode parecer, a
instabilidade político-governativa não é a causa dos nossos problemas, é
antes sim, uma mera consequência da pobreza e subdesenvolvimento que
nos propomos desafiar.
Por essa razão, o combate à miséria e à pobreza que assolam a nossa população na sua esmagadora maioria é a missão principal a que nos propomos depois de termos percorrido todo o país no quadro da campanha eleitoral para a Presidência da República e este propósito dominará a nossa magistratura nos próximos cinco anos.
De nada servirão quaisquer discursos, quaisquer planos por parte dos dirigentes do nosso Estado, na impossibilidade destes discursos e planos poderem resultar em acções concretas de melhoria das condições de vida das populações a cada dia que passa.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Perante o exacerbamento das dificuldades públicas, àqueles a quem está confiado o leme do Estado não resta outra atitude que não a de nutrir o desejo e o dever sincero de acertar, de conversar, de dialogar, abrir todas as válvulas à liberdade que aparelhem todas as opiniões e que provoquem o concurso sincero de todos para chegarmos a um resultado honesto, seguro e tranquilizador.
Esta condição encontra o seu fundamento no princípio da cooperação institucional estratégica entre o Presidente da República, o Governo e a ANP, entre o Presidente da República e todas as forças políticas, entre o Presidente da República e todas as forças vivas do País numa verdadeira cena de governação democrática da nação.
Passa por aí, também, a criação de condições favoráveis para que
finalmente se alcance a almejada estabilidade na vida política e social,
em especial, na governação do país.
Propomo-nos exercer esta magistratura em diálogo permanente com os
vários órgãos de soberania e partidos políticos, no respeito do papel de
cada um e em condições de equidistância e isenção em relação a todos.
Será uma magistratura aberta à sociedade civil e ao seu contributo
essencial para os desafios que se colocam ao país de modo a encontrar
finalmente o caminho do desenvolvimento sustentável.
Assim, com este capital de confiança e de legitimidade, queremos
exortar a Nação Guineense que assuma que é chegado o momento de
secundarizarmos as diferenças políticas que caracterizaram a competição
pelo voto e dedicarmo-nos à luta contra a pobreza, com todas as nossas
energias.
Reafirmo que serei o Presidente de todos os guineenses e que tudo
farei para que os diferentes Órgãos de Soberania respeitem e façam
respeitar o Estado de Direito Democrático e de Justiça Social, baseado
no pluralismo político e de expressão, no respeito e garantia dos
direitos e liberdades fundamentais de todos os cidadãos,
independentemente de qualquer circunstância que os diferencie,
assegurando igualdade de oportunidades.
Caros compatriotas e ilustres convidados,
Num contexto de um país em que tudo está por fazer, ao Presidente da República eleito cabe comunicar à honrosa tribuna do seu discurso que os problemas só estão a começar.Muitas dificuldades ainda serão conhecidas, por conseguinte todos são chamados a participar da empreitada do Desenvolvimento Económico Sustentável.A Guiné-Bissau vive momentos críticos da sua história quer em termos económicos quer financeiros.O País não produz riqueza suficiente para fazer face as suas necessidades. Uma minoria é que trabalha e produz riqueza para a maioria sem trabalho.Temos que meter as mãos na lama e pôr a economia Guineense a funcionar e a produzir riqueza para atacar e resolver os problemas que afectam a nossa sociedade através de uma parceria estratégica entre a Presidência da República e o Governo.A Guiné tem de definir uma estratégia para o futuro porque um País sem estratégia é um País sem rumo.Na Guiné acentuou-se a ausência de políticas continuadas que nos permitissem ter uma economia competitiva ou uma educação e justiça eficaz. Estamos num beco aparentemente sem saída. Mas djeto tem qui tem.Como Nação só chegaremos com sucesso a algum lado, se soubermos para onde queremos ir. Nós passamos estes anos a anunciar, a anular e a anunciar de novo, medidas, leis, opções políticas, programas e projectos mal avaliados.Chegou o momento de construir uma verdadeira estratégia Nacional definida com ambição e realismo a medida dos desafios do futuro que dê prioridade a valorização dos recursos humanos e com propostas concretas visto que precisamos de mudar de vida, corrigir o rumo da economia e do desempenho político.País sempre abraços com o excessivo custo de administração pública, multiplicação de entraves burocráticas que penalizem a vida dos cidadãos e das empresas, os desequilíbrios crescentes das finanças públicas, a ineficiência do sistema de justiça, da administração pública ou do ensino e formação profissional tornaram flagrante a incapacidade para responder aos desafios que a Guiné e os Guineenses hoje defrontam.Torna-se urgente pôr as reformas em marcha sobretudo as já acordadas para repor a confiança internacional e para fundamentar a auto-estima dos Guineenses, enfim estimular novas decisões de investimento e de criação de empregoAssim, para colocar a nossa economia na trajectória de crescimento precisamos de operadores económicos com dinheiro fresco para “investimento produtivo” sobretudo na agricultura, em especial o arroz e agro-indústria, base da nossa economia.É a via para aumentar rapidamente a produção nacional questão vital para o sucesso de toda a política de crescimento.
Sr. Presidente da Assembleia Nacional Popular,
Senhores Deputados,
Caros Compatriotas,
Afirmamos que vamos cumprir com as nossas promessas eleitorais.
Reiteramos este compromisso, galvanizados pela sublime certeza de que,
atrás de nós, temos um milhão e meio de braços de guineenses e de amigos
da Guiné-Bissau, todos puxando numa mesma direcção, formando uma única e
imparável força, capaz de lograr feitos à medida da grandeza desta
Pátria de Amílcar Cabral e dos Combatentes da Liberdade da Pátria.
Discorrendo sobre os nossos compromissos, gostaríamos de reiterar que
vamo-nos empenhar, sem poupar esforços, para reforçar e consolidar a
Unidade Nacional entre os Guineenses.
Para nós, a Unidade Nacional, como o consideraram Amílcar Cabral e os
Combatentes da Liberdade da Pátria, é o sangue que corre em todas as
artérias da nossa sociedade, levando o oxigénio da esperança e da nossa
insofismável vontade de vencer obstáculos, que transporta, sobretudo, as
imunidades necessárias para que, como um Povo, como uma Nação, não
desfaleçamos perante esses obstáculos.
A unidade como corolário da paz deve ser cultivada.
A nosso ver, a única alternativa à Paz é a própria Paz. Com a paz, e
aqui destacamos o papel dos partidos políticos, da comunicação social,
das confissões religiosas e de outras organizações da sociedade civil,
com a paz sentimos a nossa irmandade a penetrar nas profundezas do âmago
da nossa guinendade, do nosso sistema de valores. Com a paz
galvanizamo-nos para desenvolver a nossa Pátria Amada.
A Unidade Nacional e a Paz são fundamentos para a consolidação da
democracia multipartidária na Guiné-Bissau. Neste contexto, convidamos
todas as formações políticas e as suas lideranças e membros, mulheres e
jovens, todos os guineenses, a participarem neste processo de
consolidação da democracia multipartidária, um processo que também
liberta diversas iniciativas criadoras para o sucesso dos nossos
programas de desenvolvimento.
Convidamos igualmente as organizações da sociedade civil, incluindo a
comunicação social, a continuarem a dar o seu contributo no
aprofundamento da nossa jovem e vibrante democracia multipartidária.
Olhando para um outro compromisso eleitoral, queremos deixar expresso
que a luta contra a pobreza e pela cultura do trabalho vai assumir-se
como um aspecto transversal, colocando-se no epicentro da minha acção,
enquanto Presidente da República.
Queremos que cada um de nós celebre as pequenas vitórias que vá
conquistando, no seu quotidiano, que lhe permita identificar como o seu
dia de hoje foi melhor que o de ontem: Seja porque concluiu uma pesquisa
académica; Seja porque melhorou o aproveitamento dos seus alunos ou
estudantes; Seja porque atendeu mais cidadãos na sua repartição ou
unidade sanitária; Seja porque aumentou a sua produção agrícola; Seja
porque adoptou novas tecnologias; Seja porque melhorou a sua própria
habitação; Seja, enfim, porque identificou e explorou novas
oportunidades.
Sr. Presidente da Assembleia Nacional Popular,
Senhores Deputados,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Para além das reformas necessárias no sector da justiça, de modo a
dotar as instituições judiciárias de meios técnicos e humanos que lhe
permitam cumprir a sua missão, ao serviço do interesse nacional, será
fundamental instituir na nossa sociedade uma verdadeira cultura de
tolerância zero e de combate sem tréguas à corrupção. Pilar fundamental
para a afirmação do Estado de Direito democrático. Cultura que constitua
uma poderosa base de partida para este combate que a todos deve
mobilizar.
Ainda neste quadro prometi durante a campanha, que após a minha
tomada de posse iria estar atento e vigilante no que se refere ao
flagelo do fenómeno da corrupção e sobretudo que chamaria ao meu
gabinete todos os dossiers relacionados com o abate das árvores e
exploração ilegal dos nossos recursos naturais a bem da nossa querida
Guiné e das gerações vindouras.
As promessas são para cumpri!
Meus senhores e Minhas senhoras
Em colaboração com o Governo, colocaremos acento tónico no processo
de descentralização, através da realização de eleições autárquicas. Para
nós descentralizar é confiar e capacitar; confiar e capacitar é
responsabilizar; responsabilizar é incutir a cultura de prestação de
contas e a transparência na gestão da coisa pública.
Ao mesmo tempo, descentralizar é inculcar o sentido de cidadania, de
pertença e de inclusão; é promover a boa governação e o envolvimento de
mais guineenses na construção desta nossa bela Guiné-Bissau, a sua
Guiné-Bissau, a Guiné-Bissau de todos e de cada um de nós.
Na qualidade do Comandante em Chefe das Forças Armadas
Revolucionárias do Povo, vamos desenvolver acções para o reforço da
nossa soberania. O papel que cabe às Forças de Defesa e Segurança
de garantes da independência nacional, da preservação da soberania e da
integridade territorial será reforçado e valorizado.
Prosseguiremos, com diálogo permanente na base de consensos com a
sociedade castrense às reformas e modernizações em curso no Sector da
Defesa e Segurança, assim como na abordagem que faz do serviço militar
uma das forjas da Unidade Nacional e da consciência patriótica dos
jovens. Ele será complementado pelo serviço cívico, com a virtude de
reforçar o espírito de voluntariado da nossa juventude e do seu amor
pelo nosso maravilhoso Povo.
Retomaremos, igualmente, a participação das nossas Forças Armadas em
missões de apoio à paz e mecanismos colectivos de segurança, a nível
regional e internacional, como forma de reiterar o nosso empenho com a
Paz e segurança mundial.
Ilustres Convidados,
Sentimo-nos na obrigação de endereçar rasgados agradecimentos aos
países e instituições internacionais que nos acompanharam nos últimos
dois anos da transição.
Os resultados obtidos devem-se muito, e sobretudo, aos apoios desses
países e povos amigos, destacando-se, sob esse título, os apoios de
Portugal, Marrocos, da UEMOA e da CEDEAO, países que tivemos a honra e o
prazer de agradecer pessoalmente nas deslocações que fizemos e que
gostaríamos de agradecer aqui e agora publicamente.
Foram também significativos, e tiveram uma contribuição determinante no processo que agora termina, os apoios do povo irmão de Timor-Leste, país com o qual estabelecemos uma sólida relação de amizade de entre-ajuda, que, apercebendo-se da necessidade do povo irmão da Guiné-Bissau, estendeu a sua mão amiga e concedeu preciosos apoios, por isso, os sinceros agradecimentos do Povo Guineense.
Os agradecimentos são direccionados às organizações internacionais: Nações Unidas, União Africana e União Europeia, que, com as suas intervenções, contribuíram, e de que maneira, no retorno à ordem constitucional na Guiné-Bissau.
Uma palavra especial ao Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas que, com os seus bons ofícios e as suas ajudas de diversas índoles, teve uma extraordinária contribuição na superação da crise guineense, e, por isso, os agradecimentos de Povo da Guiné-Bissau.
Propomo-nos empreender e desenvolver acções tendentes ao reforço da
cooperação internacional. Neste contexto, continuaremos a ser actores
activos na UEMOA, na CEDEAO e na União Africana, lutando pelo triunfo
dos ideais da integração da África Ocidental rumo à integração
continental.
Continuaremos igualmente empenhados no reforço e contínua afirmação da CPLP no contexto da diplomacia internacional.
Aos nossos parceiros bilaterais, à família das Nações Unidas e às
diversas Organizações Internacionais de que somos membros, entre eles, a
ACP, o Movimento dos Não-Alinhados, a Organização Internacional da
Francofonia e a Conferência Islâmica, bem como aos nossos tradicionais
parceiros como a União Europeia, as instituições financeiras,
nomeadamente, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, Banco
Africano de Desenvolvimento, o Banco Oeste Africano de Desenvolvimento e
o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África, reiteramos o
nosso compromisso de continuarmos a trabalhar e a valorizar o empenho e
apoio ao desenvolvimento do nosso País. Nesta parceria registámos
sucessos no passado. Nesta parceria vamos registar sucessos no futuro.
Os compromissos assumidos pelo estado guineense continuarão a ser seguidos e respeitados e, em consequência, reforçaremos os nossos comprometimentos nas matérias que, a nosso ver, devem ser objecto de protecção da humanidade, a segurança internacional, a protecção do ambiente e preservação e exploração sustentada dos recursos não renováveis, assegurando, assim, o compromisso geracional.
A acção externa do Estado Guineense continuará a ser orientada pelos interesses dos guineenses, onde quer que se encontrem, da CPLP, da CEDEAO, da África e do mundo.
À nossa diáspora vai uma saudação fraternal de quem conhece de perto o fenómeno da emigração porquanto sou filho de emigrante.
Aqueles que hoje se encontram sem emprego no País de acolhimento e
que têm estado a sofrer, o meu conselho é o seguinte: façam as malas e
voltem para a terra que vos viu nascer.
Se é para sofrer então soframos juntos.
Quiçá o vosso regresso poderá ser uma oportunidade para partilhar a
experiência acumulada ao longo dos anos. A Guiné espera por vós e por
todos os seus filhos.
Venham ajudar o vosso País!
Apesar das dificuldades estou em crer que juntos e unidos venceremos este importante desafio.
O país vai-vos acompanhar e estará sempre ao vosso lado.
Viva a República da Guiné-Bissau!
Honra e Glória ao fundador da nossa Nacionalidade, Amílcar Cabral, e a todos os Combatentes da Liberdade da Pátria!
Muito obrigado pela atenção dispensada!
Nota do Editor da GBissau: As partes sublinhadas no discurso correspondem à versão original facultada pelos serviços protocolares da comissão organizadora desta investidura.
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