O crime ambiental global movimenta anualmente mais de 200 bilhões de dólares, usados para financiar o crime, milícias e grupos terroristas internacionais. Estes crimes também ameaçam a segurança e o desenvolvimento sustentável de muitos países, afirma o relatório A Crise do Crime Ambiental, produzido pela ONU e a INTERPOL.
O documento foi lançado nesta terça-feira (24) na Assembleia Ambiental das Nações Unidas (UNEA), que acontece em Nairóbi, no Quênia.
“Além dos impactos ambientais imediatos, o comércio ilegal de recursos naturais está privando as economias em desenvolvimento de bilhões de dólares em receitas perdidas para encher os bolsos dos criminosos”, disse o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner. “Desenvolvimento sustentável, meios de subsistência, boa governança e o Estado de Direito também estão sendo ameaçados, com somas significativas de dinheiro indo para milícias e grupos terroristas”.
Estimativas combinadas da Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OCDE), do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), do PNUMA e da INTERPOL afirmam que o valor monetário de todos os crimes ambientais — incluindo a extração de madeira, a caça ilegal e o tráfico de uma ampla gama de animais, a pesca ilegal, a mineração ilegal e despejo de resíduos tóxicos, seja entre 70 e 213 bilhões de dólares anuais.
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