A cidade de Luanda, capital de Angola, acolhe, esta segunda-feira, 30, a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo dos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), com o objectivo de analisarem a criação do Fórum PALOP (FORPALOP).
Para o efeito, os líderes de Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau já se encontram em Luanda.
Segundo a agenda da cimeira, o encontro terá lugar numa das salas do Centro de Convenções de Talatona, sul de Luanda, e abrirá com discurso de boas vindas do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, na qualidade de anfitrião do evento.
Seguir-se-á outro pronunciamento, desta vez pelo presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, que ocupa, também, o cargo de presidente em exercício dos PALOP. Após as intervenções dos mandatários, dar-se-á início ao debate multilateral, que decorrerá à porta fechada.
No final do encontro, os participantes deverão aprovar uma data e um local para a realização da próxima cimeira, bem como procederão à assinatura da Declaração Constitutiva do Fórum dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
O FORPALOP será um órgão multilateral, composto pelos PALOP, que irá privilegiar a concertação político-diplomática e de cooperação, bem como aprofundar as históricas relações de amizade e solidariedade.
De entre os princípios orientadores do Fórum, destacam-se a igualdade, soberania e independência dos seus estados-membros, a não ingerência nos assuntos internos de cada Estado e o respeito pelos princípios democráticos.
O director para África e Médio Oriente do ministério das Relações Exteriores, Joaquim do Espírito Santo, destacou a importância da constituição do Fórum dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (FORPALOP), com vista à concertação política, diplomática e de cooperação multilateral.
Em declarações à imprensa, no âmbito da realização, esta segunda-feira, 30, da Cimeira dos PALOP, em Luanda, o responsável referiu que os países-membros vão poder trocar pontos de vista e concertar posições comuns para ouros encontros.
Indicou, ainda, que embora tenham acontecido cimeiras e outras reuniões no passado, “as mesmas realizaram-se por força da solidariedade que caracteriza a relação entre os cinco países africanos de língua oficial portuguesa, solidariedade essa que é um elemento histórico e cultural, símbolo da luta comum pela independência”.
Neste sentido, Espírito Santo informou, ainda, que a solidariedade, além de ser, actualmente, uma “bússola orientadora”, vai continuar a guiar a acção dos cinco estados-membros, no âmbito da afirmação dos mesmos no contexto africano e mundial.
Por fim, explicou que o fórum vai funcionar no actual formato dos PALOP, uma vez que se pretende uma estrutura leve, já que este será um fórum de concertação, que não necessita de uma estrutura muito pesada.
Joaquim do Espírito Santo afirmou que haverá, após a constituição do FORPALOP, um Plano de Acção, o qual servirá o objectivo comum de afirmação dos países em questão (Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau).
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