Dois presidentes, dois primeiros-ministros e vários responsáveis políticos, músicos, escritores, professores e jornalistas contam-se entre os signatários do "Manifesto 2014 - 800 anos de Língua Portuguesa", que é oficialmente apresentado na sexta-feira.
O “Manifesto 2014 – 800 anos da Língua Portuguesa” é uma iniciativa
que visa celebrar os oito séculos do português, tendo como base o
testamento de D. Afonso II (1214), o mais antigo documento régio e
oficial escrito em língua portuguesa.
A apresentação oficial do "Manifesto 2014" e da respetiva lista
definitiva de subscritores vai decorrer no Padrão dos Descobrimentos, em
Belém.
A cerimónia começa com a apresentação de 16 poemas dos oitos países
da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) - Angola, Brasil,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.
Ao início da tarde, 800 crianças lançam 800 balões para assinalar os 800 anos da língua portuguesa.
O "Manifesto 2014" traduz a "consciencialização de que a língua
portuguesa é para o futuro, uma poderosa ferramenta no contexto da
globalização", disse à Lusa o deputado do CDS-PP José Ribeiro e Castro,
um dos promotores da iniciativa do Movimento 2014.
Entre os subscritores do "Manifesto" destacam-se os presidentes de
Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, os
primeiros-ministros da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, de
Timor-Leste, Xanana Gusmão, o presidente do parlamento timorense,
Vicente Guterres, e o vice-presidente da Assembleia da República
portuguesa, António Filipe.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, José Luís
Guterres, classificou de "excelente iniciativa" o manifesto para
assinalar os 800 anos de língua portuguesa, já assinado pelos líderes
dos órgãos de soberania do país.
"Nós, em Timor-Leste, vamos fazer os possíveis para que dentro de
alguns anos seja uma língua falada em todo o território e que as novas
gerações possam também comunicar em português".
O chefe da diplomacia timorense considerou que o manifesto é uma
forma de "honrar a língua portuguesa que hoje é falada em todos os
continentes do mundo.
A iniciativa foi apresentada por um investigador brasileiro, Roberto
Moreno, à comissão de Educação, Ciência e Cultura, num processo
parlamentar que é público, de acordo com o deputado Ribeiro e Castro.
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