Representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) apelaram nessa quarta-feira (2) às autoridades de saúde dos países africanos afectados pelo surto de ébola que reúnam todos os esforços necessários para conter a epidemia.
“Movam céus e terras para conter esse surto”, pediram os representantes, sublinhando também a necessidade de motivar comunidades, líderes religiosos e de opinião para frear o contágio.
No início do mês de julho, um total de 750 casos e 455 mortes foram registados em Guiné, Serra Leoa e Libéria. O director regional da OMS para a África, Luís Gomes Sambo, afirmou que esse já representa o maior surto de ébola em número de casos, mortes e expansão geográfica.
De fato, o director regional disse que “a tendência actual desta epidemia e o seu potencial de atravessar fronteiras e se espalhar internacionalmente constitui uma matéria de saúde pública de grande preocupação”. A Organização adicionou que práticas culturais e crenças tradicionais facilitam a propagação da doença nos três países, como, por exemplo, o ritual funerário de lavar e aproximar-se dos cadáveres.
Sambo afirmou que, além das perdas humanas, esta epidemia provocou “efeitos sócio-económicos negativos”, afectando, inclusive, trabalhadores do sector de saúde, que sofreram já 60 casos de infecção e 32 mortes registadas até o momento.
Assim, o director regional da OMS apelou ainda a uma “estratégia única entre países”, parceiros e comunidades na adopção de medidas efectivas que contenham o surto.
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