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terça-feira, 1 de julho de 2014

“Não temos investimento mais importante do que Educação” Domingos Simões Pereira

Os guineenses que tiveram formação capaz estão convidados pelo novo primeiro-ministro a trocar algumas horas de trabalho pela tarefa de professor, algo que o próprio líder do Governo se dispõe a fazer.


 
“Eu penso que é importante passar o sinal que não temos outro investimento mais importante do que a Educação”, defendeu Domingos Simões Pereira em entrevista à agência Lusa.

Os guineenses que tiveram formação capaz estão convidados pelo novo primeiro-ministro a trocar algumas horas de trabalho pela tarefa de professor, algo que o próprio líder do Governo se dispõe a fazer.

“Todos nós, que tivemos a sorte ou privilégio da formação, devemos equacionar a possibilidade de consagrar parte do nosso tempo a retribuir algo em termos de educação”, referiu – sem pretensão de ser “revolucionário ou nacionalista”.

A ideia passa por juntar todas as contribuições e ganhar margem de manobra para apostar na formação de professores, sem perder a pedalada curricular.

Trata-se de “garantir um período de transição educativa que permita que os professores tenham uma educação adequada para esse efeito, sem interromper o vínculo laboral”.

“Tenho muito respeito pelos professores: se sou alguma coisa na vida, devo-o aos professores”, destacou, mas reconhecendo as fragilidades na Guiné-Bissau.

“Causa alguma impressão e preocupa qualquer um, quando vai à escola, aperceber-se que o professor tem dificuldade até em falar consigo. Ou seja, se o meu filho fala melhor português e percebe melhor as coisas que o professor que é suposto ensiná-lo, temos problemas”, exemplificou.

O chefe do Executivo defende a necessidade de dialogar com os docentes e “criar condições para que possam ter acesso a toda a preparação necessária para de facto serem professores e serem respeitados como tal”.

Domingos Simões Pereira considera “fundamental” que o próximo ano letivo comece a tempo e horas no ensino público – rompendo com o cenário dos últimos dois anos em que foram mais os dias sem aulas, devido a greves por falta de pagamento de salários, do que os dias de funcionamento.

“A escola tem que ser atractiva” para cativar as crianças, com uma aposta decisiva em novas infraestruturas, afastando a ideia de funcionar ao ar livre, por vezes debaixo de um mangueiro (uma das maiores e mais comuns árvores de fruto da Guiné-Bissau)

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