O ministro da Administração Interna guineense, Botche Candé, ordenou a suspensão de funções do presidente e do vice-presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB), passando a edilidade a ser dirigida transitoriamente pelo secretário de Estado do Ordenamento do Território.
Um despacho lido hoje na Radiodifusão Nacional (emissora estatal) dá conta de que Botche Candé ordenou a suspensão de Artur Sanhá (presidente) e Marciano Indi (vice-presidente) passando Abu Camará a coordenar a CMB "de forma transitória".
O despacho com data de 20 de setembro não indicou os motivos da suspensão dos dois responsáveis, apenas realça que a medida se enquadra nos esforços de "imprimir dinamismo às estruturas do Ministério" da Administração Interna.
Bissau é a única cidade guineense que possui uma autarquia com serviços de recolha de lixo, limpeza da cidade, ordenamento e concessão de lotes para construção.
O país nunca realizou eleições autárquicas em 20 anos de democracia embora o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, tenha garantido que até ao final do mandato, em 2018, o país irá eleger os seus representantes do poder local.
Artur Sanhá é dirigente do Partido da Renovação Social (PRS), segunda maior força no parlamento do país, tendo assumido, entre outros cargos, o de primeiro-ministro de um governo de transição.
Marciano Indi é dirigente do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), formação politica sem representação parlamentar.
Ambos tinham sido indicados para a direção da CMB pelo governo de transição criado na sequência do golpe militar de abril de 2012 e que cessou funções este ano com a realização de eleições.
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