O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, anunciou metas para aumentar as receitas do país em 2015.
Falando à margem da conferência de imprensa da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Geraldo Martins disse que o Executivo está a estabelecer, no âmbito da preparação do Orçamento Geral do Estado para 2015, metas para aumentar as receitas que reduziram drasticamente nos últimos dois anos, sublinhando que o Governo pretende um aumento de 40% nas receitas das alfândegas para o ano de 2015.«Estamos a falar do aumento das receitas porque estamos a trabalhar afincadamente para aumentarmos as receitas, que caíram drasticamente nos últimos dois anos» disse o ministro, salientando que ao nível das Alfândegas está a desenhar-se um aumento de 40% em relação a 2014», revelou.
Geraldo Martins afirmou ainda que o nível actual das receitas do país é inadmissível, pois não é normal para uma economia como a da Guiné-Bissau. Por isso, o titular da pasta da Economia e Finanças afirmou que se vai trabalhar para restabelecer o nível normal das receitas e, a partir deste nível, vai-se aumentar gradualmente arrecadação fiscal.
O governante admitiu também que há muita fuga e fraude nas Alfândegas, uma situação que disse não poder continuar na instituição que tutela.
«Se há certeza que temos é que existe uma grande necessidade de mudar muitas coisas nas Alfândegas. Há muita invasão, muita fuga e muitas fraudes, e essa situação não pode continuar. É o que estamos a fazer» garantiu.
«Se for agora a alguns armazéns aqui em Bissau, ou em Safim, há muitos camiões e muitas viaturas que estão apreendidos. Viaturas que importam o arroz num montante de 100, e declaram apenas 10 ou 20, enfim, são várias situações e, de facto, há uma política agressiva neste momento, no sentido de identificar essas situações, de aumentar o controlo ao nível das fronteiras», afirmou Geraldo Martins.
O ministro disse ainda que as receitas do país aumentaram muito nos últimos dois meses, Agosto e Setembro, em relação ao período homólogo de 2013, o que se deve ao facto de as novas autoridades incrementarem o controlo das receitas e da fuga fiscal.
Sem comentários:
Enviar um comentário