"O nosso objetivo é fecharmos o ano sem [vencimentos] atrasados de 2013 e 2014 e com uma pequena margem para efetuar despesa no início de 2015", referiu hoje Geraldo Martins, numa conferência de imprensa conjunta em Bissau com uma missão do Fundo Monetário Internacional.
Segundo o governante, está também a ser preparada uma estratégia para pagar vencimentos ainda mais antigos, desde o ano 2000.
O governo quer ainda rever a auditoria já feita sobre os ordenados em atraso entre 2000 e 2007 e verificar o que ficou por pagar depois disso, para também proceder a esses pagamentos.
"Quando tivermos os números em cima da mesa vamos adoptar uma estratégia para resolver os atrasados mais antigos. Pode passar pela inclusão gradual [de uma verba] nos orçamentos de Estado dos próximos anos", explicou.
Os ordenados em atraso na função pública são um problema crónico na Guiné-Bissau que acarreta outros problemas: escolas que não funcionam ou serviços de saúde que não tratam doentes.
O novo governo promete impor disciplina fiscal, garantindo mais receitas de impostos para mudar o cenário de uma vez por todas.
O ministro das Finanças quer ainda dar prioridade a alguma da dívida externa.
Segundo referiu, há entidades que ainda não estão a desbloquear apoios para a Guiné-Bissau por causa de dívidas antigas que o novo governo quer resolver.
"Algumas instituições que estão a financiar projectos de desenvolvimento não estão neste momento a desembolsar precisamente porque há situações de dívida acumulada", explicou Geraldo Martins.
Liquidar as contas que estão por pagar "pode dar alento à economia", destacou.
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