“O mundo agora está passando por uma crise global de aprendizagem”, alertou o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, em seu discurso de abertura na Primeira Iniciativa Global pela Educação, nesta quinta-feira (25), destacando que apesar dos avanços no número de crianças na escola, ainda há 58 milhões que estão fora das salas de aula em todo o mundo e 250 milhões de crianças não sabem ler.
Na ocasião, Eliasson afirmou que há “308 milhões de razões” para que todos se concentrem na melhoria do acesso à educação de qualidade, que é um “direito humano fundamental”.
“A educação de qualidade é mais do que um ponto de entrada no mercado de trabalho, é a base para a realização pessoal, para a igualdade de género, para a coesão social, para o desenvolvimento sustentável, para o crescimento económico e para a cidadania global responsável”, disse ele.
A primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, também participou do evento e destacou que quando se trata de educar adolescentes, o verdadeiro desafio não é sobre recursos, trata-se de atitudes e crenças. Ela reforçou que há muito a ser alcançado em termos de igualdade de género na educação.
Meninas e adolescentes, mais afectadas
Já a directora-geral da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e co-organizadora da Iniciativa, Irina Bokova, alertou que do total de crianças fora da escola em todo mundo, as meninas e as adolescentes são as mais afectadas, e ressaltou que a falta de educação, não só ameaça a estabilidade, mas também “condena gerações inteiras ao desespero”
“Não podemos alcançar a educação universal, sem acabar com o casamento infantil. Não podemos alcançar a educação universal, sem erradicar o trabalho infantil “, disse o enviado especial da ONU para a Educação Global, Gordon Brown. “Educação em primeiro lugar não é um slogan, mas uma prioridade. Educação em primeiro lugar, a educação acima de tudo, a educação para sempre”, acrescentou.
(Crianças de uma escola pública em Bamako, Mali. Foto: ONU/Marco Dormino) |
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