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terça-feira, 16 de setembro de 2014

FMI quer disciplina fiscal a curto prazo para relançamento da economia

Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) encontra-se no país com o objectivo de negociar com as autoridades guineenses o novo programa denominado Crédito Rápido, no valor de 2,7 mil milhões de Francos CFA (4.116.120 euros). 



Para acesso ao referido fundo, o FMI impõe como uma das condições a disciplina fiscal de curto prazo, com vista ao apoio orçamental para 2015 e ao relançamento da economia da Guiné-Bissau.

A missão chefiada por Felix Fischer estará no país durante duas semanas, e vai ainda discutir com o Governo três programas prioritários, nomeadamente o restauro a economia fiscal do país, a retoma das reformas orçamentais de médio prazo, assim como reforçar o potencial de investimento da Guiné-Bissau.

A missão vai abordar ainda com as autoridades do país as estratégias de apoio ao sector da castanha de cajú, nomeadamente a melhor maneira de incrementar o crescimento deste sector e também a diversificação da economia.

Falando em conferência de imprensa, Felix Fischer, Chefe da missão do FMI no país, disse que o programa de Crédito Rápido vai permitir ao Governo guineense normalizar as suas relações com a instituição financeira.

«É uma primeira etapa da normalização. A questão seria normalizar a situação fiscal com a disciplina fiscal e com a retoma das reformas estruturais fiscais, tanto no âmbito das receitas como também das despesas» disse, salientando que, ao longo da sua estadia na Guiné-Bissau vai ouvir do Governo quais as suas estratégias para incrementar as receitas e as reformas fiscais, e quais serão as reformas para melhorar o ambiente de negócios do país.

Félix Fischer entende ainda que é possível melhorar as receitas nacionais, que caíram drasticamente nos últimos dois anos, com a normalização do sector petrolífero na Guiné-Bissau.
«As duas áreas principais onde havia as receitas mais importantes no passado são o sector petrolífero e do arroz. Uma normalização nesta área vai permitir melhorar as receitas. Na área do Arroz as contribuições estão abaixo em relação ao passado», afirmou.

O novo programa Crédito Rápido será discutido no Conselho de Administração do FMI em Washington, no início de Novembro.




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